O sistema implantado nos pets reúne informações relativas ao animal, além do nome do dono, endereço e telefones para contato
Perder um animal de estimação é uma experiência angustiante. Tradicionalmente, a busca por animais perdidos envolvia a colocação de cartazes pelas ruas e apelos nos meios de comunicação. Recentemente, avanços tecnológicos trouxeram novas soluções, como as plaquinhas de identificação nas coleiras e, mais recentemente, a implantação de microchips.
Essa técnica, amplamente utilizada em países desenvolvidos como a Espanha, está ganhando popularidade no Brasil. Segundo a veterinária Manoela Pimentel, o microchip é um sistema eletrônico de identificação de animais, composto por duas partes: o microchip propriamente dito e a cápsula que o envolve.

“Ele é feito com um vidro biocompatível, que não provoca alergias, e é tão pequeno quanto um grão de arroz. A cápsula é introduzida no corpo do animal, na altura do pescoço, e é empurrada por meio da pele com a ajuda de um injetor”, explica a veterinária.
O microchip é aplicado de forma indolor e contém um conjunto único de códigos numéricos com informações sobre o animal, como o contato do dono, raça, porte e idade. Esses dados são armazenados em bancos de dados online e podem ser lidos com um aparelho específico, facilitando a localização e o retorno seguro dos animais aos seus lares.
A orientação de Manoela Pimentel é que ao encontrar o animal, ele seja levado a um consultório veterinário para que a leitura do chip seja feita e o dono seja localizado o mais rápido possível.
“O sistema, na verdade, funciona como um RG do pet. O que pode ser entendido também como um primeiro passo para a posse responsável dos bichinhos. Além disso, não há riscos de um peludinho com o microchip ser confundido com outros animais e assim ser questionada a sua propriedade”, conta a veterinária.
Cuidados com o animal
Apesar de não ser algo de risco e não provocar qualquer tipo de dor no pet, é preciso, porém, escolher um local de qualidade e que tome os devidos cuidados durante a implantação. Garantir que a empresa fabricante do chip é segura e que faz um produto de qualidade é imprescindível.
E não são só os cães e gatos que podem receber esse tipo de identificação. Bois, peixes, cavalos, morcegos, aves e ratos também podem ser contemplados. Além dos custos cobrados pela clínica para a aplicação, que podem variar de um local para outro, o chip pode custar entre R$30 e R$100, dependendo da qualidade do dispositivo.
Esta matéria foi publicada originalmente em 09 de Agosto de 2019, no portal da Revista ES Brasil. As pessoas ouvidas e/ou citadas podem não estar mais nas situações, cargos e instituições que ocupavam na época, assim como suas opiniões e os fatos narrados referem-se às circunstâncias e ao contexto de então.