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quinta-feira, 28 março, 2024

Home Office: Como liderar e manter colaboradores produtivos e engajados

Home Office: Como liderar e manter colaboradores produtivos e engajados

 

Os colaboradores podem trabalhar de suas casas. Mas, como dirigir pessoas virtualmente?

Por Elisa Leão 

O surgimento da internet e da telefonia móvel revolucionou a forma como as pessoas se comunicam, a forma como se relacionam, como trabalham e veem o mundo. Com a tecnologia aproximando fronteiras, as distâncias diminuíram e muitas possibilidades se ampliaram. As pessoas alargaram perspectivas e viram com mais possibilidades, conhecer lugares, viajar, mudar. O candidato a uma vaga de trabalho já não precisa ficar em casa esperando o telefonema do potencial empregador. Ele pode ir à luta tentando outras vagas já que será encontrado onde estiver através do seu “telefone móvel”.

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A comodidade possibilitada pela internet já está disponível a todos, ela é democrática.

Interessante pensar que a internet já existe desde o final da década de 60. Claro que, naquela época, disponível para poucas pessoas dentro da Universidade da Califórnia. Mas, ao longo dos anos ela foi aperfeiçoada e alcançou quase toda a população mundial. Na década de 90, chegou no Brasil e naquela década também os telefones celulares. Isso trouxe uma grande flexibilidade e mudanças. A tecnologia muda o mundo. Pra melhor? Sim, se souber ser usada. Como tudo ao redor do ser humano.

As organizações se beneficiaram da tecnologia e o planeta viveu evoluções a passos largos em função do fogo, da linguagem, da roda, da energia elétrica, da internet!

Muitas pessoas já trabalhavam em home office antes da pandemia. Mas, parece que essa forma está se transformando numa grande possibilidade para outras equipes e líderes que não haviam percebido os benefícios do trabalho remoto, como é chamado e reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Mas, esse movimento ainda é um desafio. Os gestores estão se adaptando, quase a força, a essa grande mudança. Os colaboradores podem trabalhar de suas casas. Mas, como dirigir pessoas virtualmente? Com a pandemia, essa é uma das perguntas que é respondida com a experiência e o desenvolvimento das próprias equipes. Algumas coisas não podem sair do radar. O gestor, administra pessoas e está se adaptando a conduzir equipes de longe ou um próximo diferente. Com alguns pressupostos científicos, os responsáveis por pessoas estão agindo com o estilo pessoal, mas ajustando a nova realidade.

Esses gestores devem estar com as demandas no radar, e também como a sua equipe está lindando com a necessidade de responderem de casa as tarefas do dia a dia do trabalho.

Uma boa comunicação continua sendo um dos maiores segredos. O interesse por como os colabores estão e como a vida está é uma das maneiras de mostrar solidariedade. De comunicar que é sabido sobre a dificuldade de uma transição tão repentina e de gerar cumplicidade e engajamento com o trabalho. Estar próximo e demonstrar que o gestor é consciente dos desafios do momento é um grande passo para uma boa adaptação. Estar presente não significa controlar e monitorar, esse posicionamento assusta as pessoas e distancia, o que definitivamente não é o objetivo do líder. Estar presente pode ser esclarecer as metas e o cronograma. Ser claro com as demandas desanuvia possíveis inseguranças e sentimento de inutilidade. Instala um ambiente motivante e frutífero.

Saber liderar também é mostrar a importância da boa proporção na vida profissional e que ela não pode invadir a vida pessoal, embora esteja dentro de casa, mais do que nunca.

É preciso ter hora de começar, ter hora de terminar, ter tranquilidade para fazer as refeições, respeitar o descanso. Os gestores precisam respeitar os momentos e não encherem os colabores de mensagens fora do horário. Isso poderia gerar ansiedade e pressões desnecessárias que desembocam em desmotivação. As reuniões precisam acontecer. Reuniões com a equipe, reuniões individuais o que também será uma forma de manter contato e a rotina de trabalho, mostrando que a vida continua. Os aplicativos de acompanhamento de tarefas e mensagens instantâneas ajudam no contato ao longo do dia.

Mesmo que na sexta feira não tenha vídeo conferência, é importante tirar o pijama e trabalhar com roupa de “sair”. Isso muda a atmosfera do home office e informa ao cérebro que a partir daquele momento a atividade será profissional, mas no final do dia, o merecido happy hour!

Elisa Leão é professora doutora de Psicologia da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília, psicóloga clínica e palestrante

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