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sábado, 27 abril, 2024

Guia inédito define práticas de ESG do setor portuário

Disponível de forma gratuita e on-line, o guia de ESG destaca 98 práticas ambientais, sociais e de governança nos portos privados e públicos

Por Amanda Amaral

Foi lançado esta semana o novo Guia de Melhores Práticas de Sustentabilidade Portuária: A Estratégia ESG voltado para setor portuário no Brasil. O documento é inédito no mundo, segundo a Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), por considerar os indicadores ambientais, sociais e de governança para portos público e privados.

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O guia é resultado de uma pesquisa inédita realizada pelo Grupo de Pesquisa LabPortos da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em parceria com a Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) e a Associação Brasileira das Entidades Portuárias e Hidroviárias (ABEPH). A publicação teve o apoio institucional da Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

Sobre o guia

O guia está disponível de forma gratuita e on-line no site da ATP. O documento destaca 42 melhores práticas ambientais, 43 sociais e 13 de governança nos portos privados e públicos do país.

Além disso, revela a tipologia das melhores práticas de sustentabilidade no setor portuário, denominada de os 6 P’s da sustentabilidade. Elas foram classificadas como políticas, programas, processos, planos, projetos e parcerias.

De acordo com os organizadores da publicação, o guia é voltado para todo o sistema portuário, incluindo portos públicos, terminais privados, arrendatários, operadores, armadores, agências marítimas, transportadores, academia e demais organizações do ecossistema portuário.

De acordo com a ATP, o documento apresenta a visão dos próprios stakeholders do ecossistema portuário e é balizada pelas melhores práticas nacionais e internacionais de construção de guias de referência para indústrias específicas.

“O guia vem reforçar o compromisso da ATP e de seus associados no desenvolvimento de novos padrões de qualidade e desempenho, visando garantir a evolução portuária de maneira sustentável”, afirmou Barbosa. “O guia, certamente, vai servir de orientação para os trabalhos realizados pelo setor. A agência vai beber muito da fonte dos ensinamentos desse guia”, ressaltou o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Eduardo Nery.

Sustentabilidade

Representante da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários no evento, Flávia Nico, disse que “a grande mensagem que o guia deixa é que sustentabilidade não é caminho de competição, é de cooperação. Cooperação entre toda a comunidade portuária”. “A gente está bem representado por esse livro”, afirmou ela.

A coordenadora de Licenciamento Ambiental de Portos e Estruturas Marítimas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Janaína Cunha Vieira, afirmou que anseia pelo fortalecimento da cooperação. “Ver o setor se unindo e discutindo esses temas é gratificante”, asseverou.

Durante o evento, o coordenador técnico do estudo e organizador do guia, o doutor em engenharia naval e oceânica, Sérgio Cutrim, professor da UFMA e coordenador do LabPortos, explicou a metodologia da pesquisa e destacou que o guia é o primeiro voltado ao setor portuário no mundo a partir da estratégia ESG. A publicação, segundo ele, é “uma bússola para a compreensão da sustentabilidade, para a sensibilização e para a adoção de boas práticas para o setor”.

Complexo portuário do ES

ESG
O guia com as práticas de ESG foi lançado esta semana. Foto: DIvulgação/ATP

O Espírito Santo possui o maior complexo portuário da América Latina, segundo o livro “Portos do Espírito Santo”, de Antônio de Pádua Gurgel. São seis portos em operação, distribuídos em 417 km de litoral. De acordo com a publicação, eles são responsáveis por cerca de 25% das mercadorias importadas e exportadas pelo Brasil.

O Estado conta ainda com dois terminais de barcaças e terminais de combustíveis. Outros novos portos estão em fase de desenvolvimento, já autorizados ou em fase de licenciamento. Também há investimentos previstos para ampliar a capacidade dos complexos já existentes. Além disso, de acordo com a Associação das Empresas Permissionárias de Recintos Alfandegados (Apra) e o Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), dentre os 57 portos secos ou Estações Aduaneiras Internas (EADIs) em atividade no país, os três localizados no Espírito Santo correspondem a 15% do total da área alfandegada no Brasil. Desta forma, a retroárea no Espírito Santo é a maior em área contígua entre as unidades federativas.

Sobre a ATP

A ATP representa o segmento portuário privado, atualmente, reúne 31 empresas de grande porte e congrega 61 TUPs do país. Juntas, as associadas à ATP movimentam 60% da carga portuária brasileira e respondem pela geração de 47 mil empregos diretos e indiretos. As associadas atuam em setores como o de mineração, siderurgia, petróleo e gás, agronegócio, contêineres e complexos logísticos.

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