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domingo, 28 abril, 2024

R$ 200 milhões para expansão do Porto de Vitória

A expansão do porto foi anunciada durante visita do ministro Márcio França, que confirmou apoio federal a obras de aeroportos no Estado

Por Amanda Amaral

Serão investidos R$ 200 milhões para a expansão do Porto de Vitória. O anúncio foi realizado na presença do ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, em evento nesta segunda-feira (13), no Palácio Anchieta, Vitória. Na ocasião, foi anunciado ainda o apoio do Governo Federal as obras dos aeroportos de Linhares e Cachoeiro de Itapemirim, e a possibilidade de a capital do Estado ser incluída novamente na rota de cruzeiros.

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Em breve, será aberto edital de licitação para o projeto de ampliação e reestruturação do terminal aeroviário do Sul do Estado, de acordo com o governador do Estado, Renato Casagrande.

“Nós estamos apresentando o projeto de Cachoeiro de Itapemirim, vamos entrar no processo de licitação agora no mês de abril, e o ministério (de Portos e Aeroportos) vai ser parceiro nosso, nessa obra importante para a região Sul do Estado”, disse Casagrande.

“Um deles já está finalizada a pista, que é o de Linhares, só precisa agora da parte do receptivo, e vamos poder ajudar o Governo do Estado. O outro não, é uma ideia de ampliação, mas é muito importante. Será o terceiro aeroporto do Estado e terá o apoio federal com certeza”, disse o ministro Márcio França.

Embarcações com passageiros

Vitória recebeu, em dezembro do ano passado, o primeiro navio cruzeiro após três anos. Outra pauta da visita do ministro Márcio França, é a inclusão da cidade como rota para as embarcações com passageiros.

“Vim trazer ao governador Renato Casagrande o desejo da empresa MSC de voltar a ter Vitória como um dos roteiros ainda para este final de ano, para que parem navios com passageiros aqui. O governador pediu para o pessoal da secretaria dele avaliar qual a melhor posição. Para isso, precisamos nos preparar também. Independente disso, no caso do porto, há diversos contratos importantes prestes a serem assinados que tem a ver com líquidos, contêineres e outros produtos”, explicou o ministro.

Investimentos no porto

A VLI – companhia de soluções logísticas, e a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) assinaram um memorando de entendimento para as obras de expansão do novo Porto de Vitória, com o objetivo de aumentar o volume de cargas escoado pelo local. O documento assume que os estudos a serem realizados em conjunto podem resultar em investimentos em ferrovia, porto e terminais que atinjam até R$ 200 milhões.

expansão do porto
O ministro Márcio França comentou sobre as potencialidades do porto de Vitória. Foto: Victor Leonel

“Esse estudo é justamente para a gente entender como será esse investimento, que será dividido para acessos ferroviários, a malha interna ferroviária do Porto, toda parte de levantamento de carga, toda parte de armazenagem e estática, por isso é necessário levantar quais ativos e quais partes serão necessários para viabilizar a carga dentro do porto”, explicou Fábio Marchiori, CEO interino da VLI e diretor Financeiro, de Supply Chain e de Serviços da companhia.

Os estudos contemplam a análise de capacidades necessárias a acomodar a matriz de carga em estudo, incluindo adequações e capacitações de ramais ferroviários que acessam o Porto de Vitória, bem como ramais internos à poligonal do terminal, capacidade de píer – envolvendo berços, calado e equipamentos, entre outros aspectos – e sistemas de carregamento, descarregamento e armazenagem estática das cargas a serem movimentadas.

Volumes transportados

O estudo estima um aumento de cerca de cinco milhões de toneladas de granéis sólidos minerais e vegetais à matriz de carga atual nos fluxos de importação e exportação do Estado. Para dar vazão a este aumento de volumes transportados, a VLI também analisará oportunamente a necessidade de aquisição de novos vagões e locomotivas.

Uma integração entre a ferrovia e o porto mais eficiente cria capacidade para o incremento de volumes que serão gerados com a renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), afirma Fábio Marchiori. A solicitação para renovar o contrato da FCA atualmente está em curso nos órgãos reguladores.

Atualmente, a VLI movimenta cerca de 25 milhões de toneladas anuais nos portos e ferrovias do Espírito Santo, com cargas que trafegam pela Ferrovia Centro-Atlântica, em Minas Gerais, pela Estrada de Ferro Vitória a Minas, onde a empresa opera por direito de passagem, para acesso aos portos do Espírito Santo. A operação portuária atual é concentrada nos terminais de Praia Mole, de Granéis Líquidos e de Produtos Diversos, instalados no Complexo Portuário de Tubarão.

Nova gestão

A Codesa foi privatizada em 2022. Segundo o diretor-presidente do Porto de Vitória, Ilson Hulle, a assinatura do memorando é um passo importante dentro do propósito da nova gestão do porto de investir em aumento da capacidade, diversificação de cargas e novas áreas de exploração portuária.

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O ministro Márcio França e o governador Casagrande durante evento no Palácio Anchieta. Foto: Victor Leonel

“O Porto de Vitória possui uma vantagem competitiva em função da sua localização privilegiada, atuando como um elo logístico que envolve diversos modais. Nossos esforços estão voltados para fortalecer o complexo portuário, visando impulsionar um ambiente de negócios mais dinâmico, eficiente e ágil. Estamos prontos para oferecer soluções com alta performance, eficiência e tecnologia de ponta, proporcionando mais qualidade e segurança para alavancar os resultados de nossos parceiros”, comentou.

Em coletiva de imprensa, o ministro Márcio França comentou sobre o contrato de concessão da nova Codesa: “Estamos analisando todos os contratos. Contratos feitos anteriormente, normalmente passam por revisão. Mas vamos respeitar o que foi feito no governo passado, desde que tenha sido terminado. Há algumas concessões em que não foram feitos os depósitos, não foram pagas ainda. Algumas estão sendo devolvidas, concessões que estão vencendo e não querem mais renovar. Cada uma é um caso diferente. O que foi feito será respeitado, desde que cumprido a legislação vigente na época”, explicou.

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