Concentração para ato público será feita a partir das 16h30
Cerca de 75 universidades e institutos federais aderiram ao Dia Nacional de Greve da Educação, realizada nesta quarta-feira (15), segundo anúncio da Central Única dos Trabalhadores (CUT). A mobilização é uma reação ao bloqueio orçamentário de 30% anunciado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, que promoverá um efeito cascata em todo o sistema público, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior.
No Estado, os estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) em São Mateus pararam o trânsito na BR-101 em protesto pacífico. No campus central da universidade, em Vitória, uma panfletagem marcou o início das atividades de greve.
A associação representativa dos professores informou que a concentração para um protesto será feita a partir das 16h30, em frente ao Teatro Universitário, campus de Goiabeiras. Os manifestantes sairão em caminhada até a Assembleia Legislativa do (Ales), na Enseada do Suá. Professores e servidores municipais de Vitória enviaram comunicado aos pais e responsáveis informando que não haveria aula no período da tarde para participação no ato.
Em nota oficial enviada nesta manhã pela Ufes revelou que o funcionamento da universidade está normal e até aquele momento, não havia notícias sobre setores prejudicados ou aulas suspensas devido a paralisação. “O Restaurante Universitário e a Biblioteca Central também estão com suas atividades normais. A Administração Central da Ufes informa, ainda, que a adesão dos servidores técnicos e docentes à paralisação é voluntária e individual”, reforçou a nota.
Também em comunicado, o Ifes informou que respeita o direito de greve, assegurado aos trabalhadores pela Constituição da República Federativa do Brasil, e reitera à sociedade que a adesão à paralisação prevista para está quarta-feira (15) corresponde ao posicionamento individual de cada servidor. “Logo, a decisão sobre a paralisação ou não das atividades nas unidades do Ifes não é de competência institucional. Até o momento, as atividades em todas as unidades estão mantidas”, fala o texto.

Ministro na Câmara
O plenário da Câmara aprovou nesta terça-feira (14), por 307 votos a 82, a convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, para explicar aos parlamentares os cortes no orçamento das universidades públicas e de institutos federais.
Por se tratar de convocação, o ministro é obrigado a comparecer à comissão geral que o ouvirá no plenário da Câmara nesta quarta-feira (15), às 15h. Segundo o autor do pedido, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), o ministro precisa explicar como será feito o bloqueio dos recursos.
“É uma oportunidade para que o povo brasileiro perceba que a Câmara dos Deputados está sensível ao clamor da sociedade, já que amanhã as ruas serão ocupadas por gente preocupada com a cultura e a educação. O ministro vai explicar o corte de 30% das universidades e institutos federais”, comentou.
*Da redação com contribuições da Agência Brasil