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sexta-feira, 26 abril, 2024

Gestão, Transparência e o Terceiro Setor

O movimento mundial pela Qualidade nasce na década de 1950. Desde então vemos uma evolução firme da educação para que produtos e processos tenham qualidade, isto é, sejam bons, entregues no prazo e que seus processos não sejam deletérios para as pessoas, para o meio ambiente e para a produtividade.

Por Robson Melo

No processo evolutivo da Qualidade Total, como à frente se fez nomear este movimento, foram incorporados desdobramentos para que a Gestão do Processo, incluindo os serviços, se apresentassem com a devida clareza e envolvimento da Sociedade.

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Assim, ao longo do tempo, incorporaram-se normas internacionais de Qualidade: para a indústria, o comércio e os serviços, a série ISO 9000; para a gestão do meio ambiente, a série ISO 14000; para a responsabilidade social, a série ISO 26000.

Mais recentemente, a sociedade mundial passa a requerer, também, evidências da integridade e transparência das (e nas) organizações, a que se denominou compliance, termo em inglês.

E mais recente ainda, o mercado financeiro incorporou os requisitos de governança, meio ambiente e responsabilidade social, expressos na sigla ESG, no sentido de orientar o investimento acionário na perspectiva para a Sustentabilidade, termo que congrega todo o movimento, alertando ainda que isto se faça agora para as atuais gerações, sem comprometer as gerações futuras.

O Terceiro Setor não está fora de todo este movimento, até porque a decorrência de atendimento aos requisitos de qualidade total é que lhe confere credibilidade para engajar e mobilizar pessoas e empresas, seus recursos humanos e seus recursos financeiros, nas causas que lideram.

Nas emergências sanitárias, ambientais, econômicas, tal como a da pandemia da Covid-19 e a das mudanças climáticas, as entidades de causas sociais, humanitárias, ambientais, culturais e de defesa de direitos, ficou evidenciado novamente que as entidades do Terceiro Setor são instrumentos indispensáveis para reduzir as muitas desigualdades decorrentes. Ao mesmo tempo, que tudo isso se faça com prestação de contas regulares e transparência.

E não só nas emergências tal evidência se mostra. Também se revela nas políticas cotidianas de promoção social e econômica.

Por tudo isso é tão relevante, gratificante e emocionante saber e poder propagar a conquista recente de reconhecimento internacional, com certificação formalizada sobre gestão e transparência, de algumas das organizações filiadas à Federação das Fundações e Associações do Espírito Santo – Fundaes.

A Acacci – Associação Capixaba Contra o Câncer Infantil – obteve a certificação internacional de Boas Práticas em Transparência e Gestão pela Phomenta, entidade que certifica ONGs, acelera empreendedores do terceiro setor e transforma voluntários em consultores de impacto.

A empresa EDP, mediante o Instituto EDP, promoveu capacitação e consequentemente avaliação para a mesma certificação de outras entidades capixabas. Dentre essas estão mais filiadas à Fundaes, a Rochativa, o braço de responsabilidade social do setor de mármore e granito; o Instituto Todos os Cantos, fundador da Orquestra de Mulheres do Espírito Santo e do Coral Algazarra; e o Secri – Serviço de Engajamento Comunitário, nascido no âmbito das Paróquias Santa Rita de Cássia e Madre Teresa de Calcutá, e que atua no Território do Bem.

Um reconhecimento que muito nos orgulha, pois mostra que estamos cumprindo nossa missão com um trabalho responsável, pautado em boas práticas em transparência e gestão. Nossas atividades voluntárias são desenvolvidas por organizações privadas não governamentais, em favor da sociedade, e sem o objetivo de lucro e com resultados essenciais em favor dos mais desassistidos.

Robson Melo é Presidente da Fundaes, Federação do Terceiro Setor no Espírito Santo.

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