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sábado, 27 abril, 2024

Hora de balanço

Por Robson Melo

Tempo de checagem e de correção de rumos. É o que nos sugere o final de ano, num verão recém-chegado em que mais vida está prometida e na esperança renovada na cristandade com o Natal. Nosso particular olhar para o Terceiro Setor capixaba indica que no decorrer deste ano:

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(1) Acertamos na mobilização por uma cultura de doação com o FIC (Fundo de Investimento Comunitário Capixaba), criado para apoiar projetos de desenvolvimento comunitário a partir da doação espontânea e independente de leis de incentivo fiscal. Cidadãos e empresas aportaram seus recursos acumulando cerca de R$ 180 mil, o que permitiu apoiar sete projetos, com especial protagonismo feminino.

(2) Acertamos quando o número de filiações à Fundaes cresceu, num claro entendimento de que juntos somos mais fortes e podemos fazer mais, trocando experiências e recursos.

(3) Erramos quando a sustentabilidade financeira da Federação segue no seu limite, por conta de as contribuições não terem sido suficientes para uma melhor estruturação organizacional.

(4) Acertamos nas parcerias de capacitação e formação do voluntariado, por meio da Escola de Voluntários, com a expertise de gente da área de gestão de pessoas.

(5) Acertamos quando regularizamos uma comunicação mais jovial via redes sociais, alcançando 1.133 seguidores no Instagram.

(6) Acertamos quando outras instituições e empresas procuraram o Terceiro Setor e suas representações para acentuar o S do ESG – ou seja, elas entenderam que a responsabilidade social dos negócios é indispensável para seu sucesso.

(7) Acertamos na renovação da gestão e governança, com novos conselheiros e parceiros.

(8) Acertamos quando abrimos a Academia do Terceiro Setor para ser extensão universitária e ajudar na formação de futuros profissionais em áreas como administração, marketing, contabilidade, comunicação e gestão do voluntariado.

(9) Acertamos quando participamos do debate de políticas públicas, como imunidade tributária das entidades e a “chancela prévia” de projetos encaminhados aos conselhos municipais da criança e do adolescente, para atrair mais investidores/destinadores do imposto de renda.

(10) Erramos ao não conseguimos aumentar as destinações dos recursos do imposto de renda de pessoas físicas e jurídicas via Imposto de Renda. Com isso, só ficaram no nosso estado 1,7% dos R$ 154 milhões destináveis a apoiar projetos sociais e gerar emprego e renda em áreas como educação, saúde, assistência social e cultura.

Estamos satisfeitos com o balanço positivo, ao mesmo tempo que nos vemos capazes de melhorar no engajamento de pessoas e empresas ao FIC, tornando-o acessível às iniciativas e projetos que carecem de apoio para estruturação e formalização.

Estamos convencidos de que prestar contas alavanca a boa imagem do Terceiro Setor e a comunicação regular e assertiva traz novos atores para seu fortalecimento.

Feito o balanço, cabe agradecer a tantos que participaram de mais essa “página” da história e reiterar a missão de congregar, unir e fortalecer o Terceiro Setor Capixaba.

Robson Melo é presidente-executivo da Federação do Terceiro Setor Capixaba – Fundaes.

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