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domingo, 28 abril, 2024

O Espírito Santo é o Brasil que vem dando certo

Por Ricardo ferraço

Falar sobre desafios para o desenvolvimento do Espírito Santo permite uma abordagem muito ampla. Envolve desde temas de longo prazo, como a educação, em termos gerais, a formação da mão-de-obra, em particular, ou agendas mais imediatas, como a da integração logística dos diferentes modais, melhorias pontuais no ambiente de negócios, turbinar o ecossistema de inovação e acelerar o programa de parceria de investimentos (PPIs).

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Temos também o desafio da reforma tributária. Ela será importantíssima para o país, e gerará impactos positivos diretos na produtividade das empresas e na economia. Mas será também o fim de um modelo de competição entre estados e de atração de investimentos baseado em incentivos tributários, do qual o Governo do Espírito Santo tem se valido de forma competente, associado à localização privilegiada e estrutura logística do estado.

Mesmo elencando prioridades e agendas de curto, médio e longo prazo, quase todos os temas são obrigatórios. A grande vantagem é que partimos de uma base sólida. Com o estado arrumado em termos fiscais e com um ambiente que gera confiança para os negócios e atração de novos investimentos. Não por acaso, estamos sempre bem-posicionados nos rankings que avaliam a competitividade, e nosso desempenho em termos de crescimento e emprego tem sido rotineiramente acima da média nacional.

O caminho passa por combinar o reforço das vantagens já existentes e abraçar as agendas portadoras de futuro. Nessa linha, a primeira questão a enfrentar é a da integração logística, potencializando nossa tradicional vantagem em termos de localização e estrutura portuária. Destaques para a EF-118 em direção ao sul do estado e a integração da Vitória-Minas com a FCA (Centro-Atlântica). Equacionar com o Governo Federal a solução para a concessão da BR-101, mais segurança e melhoria no fluxo da BR-262 e a modernização e ampliação da BR-259. Essa é uma agenda ampla e fundamental para mantermos nossa competitividade.

Avançar na estruturação e no modelo de atuação da iniciativa ES+Competitivo. Com a reforma tributária, e mesmo no período de transição, precisamos migrar de um modelo mais receptivo, baseado em incentivos fiscais, para um modelo ativo de promoção, diálogo e construção de parcerias entre o estado e a iniciativa privada. Seja adensando cadeias, pela atração de segmentos que tenham complementariedade com a produção já existente, ou atraindo novos investimentos.

Por fim, mas sem pretensão de esgotar os temas, é preciso estruturar um ecossistema de pequenas e médias empresas de alto crescimento – empresas que já estão em fase de forte crescimento e que têm possibilidade de expansão nos mercados local, nacional e internacional. Vamos disputar novos mercados com nossos talentos.

Como disse no início, a agenda é ampla. E o sucesso depende de estabilidade, forte investimento em educação e andar de mãos dadas com a defesa do meio ambiente e com o enfrentamento dos problemas sociais, abrindo oportunidades para todos os capixabas.

Ricardo ferraço é o secretário de Estado de Desenvolvimento e vice-governador do Espírito Santo.

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