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segunda-feira, 6 maio, 2024

Ex-tarifários? Política Industrial? Que conversa fiada é essa, Presidente?

 

Ex-tarifários? Política Industrial? Que conversa fiada é essa, Presidente?
Foto: Freepink

Por Arilda Teixeira 

Era uma vez um País que foi descoberto em 1500 – no auge do domínio do Patrimonialismo
Ibérico – que em 2023 é uma Economia de Mercado subdesenvolvida e sem
competitividade – de uma República Democrática com Estado Patrimonialista.

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Sua falta de competitividade se explica, menos, por ser subdesenvolvida; e mais por estar
dentro de um Estado Patrimonialista.

Esse perfil de Estado reverte a ordem de prioridade dos gastos de uma economia de
mercado, afastando-a do desenvolvimento econômico; ao obstaculizar a evolução de sua
indústria de transformação; devido ao atraso tecnológico disseminado pelo viés
patrimonialista de seu Estado sobre os seus fatores de produção.

Desde então, por conveniência, hábito, ou ideologia, esse Estado persiste refém da Cultura
Patrimonialista; que vê os cidadãos-contribuintes como agentes a seu serviço do Estado.
A realidade é o oposto. É o Estado que está a serviço do cidadão-contribuinte; aja vista que
a sua receita tributária é gerada com os tributos pagos por esses cidadãos.

A herança Patrimonialista disseminou uma anacrônica inversão de valores e de
responsabilidades no Setor Indústria; que sustenta o viés patrimonialista das decisões de
Estado – como o que se ouve nas falas do Presidente Lula e de seus apoiadores.

Nesse momento, adotaram o Ex-Tarifário, e a Re-industrialização como os meios para
impulsionar a Indústria de Transformação doméstica e o subsequente crescimento
econômico brasileiro.

Uma Retórica que alenta egos dos sócios do Patrimonialismo; mas que obstaculiza a
evolução qualitativa da estrutura produtiva da economia brasileira.
O Presidente Lula abusa dessa retórica ufanista do patrimonialismo, para vender a
Reindustrialização que está anunciando.

Reindustrialização do Brasil em 2023? Que história é essa, Presidente?????

Não há Reindustrialização! Há Progresso ou Atraso Tecnológico! Que, por sua vez, são efeitos da evolução da qualidade do Capital Humano da economia; que determina o nível tecnológico do parque produtivo de um País – levando-o ao avanço qualitativo dos seus processos produtivos.

O Ex-Tarifário é o ufanismo da vez. O Presidente e seus Assessores o apresentam como a
alternativa para “recuperar” a rota do crescimento. Novidade(?). Não.

Esforça-se para convencer os agentes econômicos de que sua estratégia para impulsionar a
economia brasileira é inovadora e adequada para recolocá-la na rota do crescimento
impulsionado pelo Progresso Técnico – não é.

Quando a economia de um país precisa recorrer a estoques externos de peças, que seu
mercado não consegue produzir, para sustentar o funcionamento de suas linhas de
produção, ela não tem competitividade.

Uma economia de mercado que, no século XXI, precisa que parceiros externos reduzam
impostos de importação para que adquiram peças para a sua Indústria de transformação
não tem fôlego para estar nesse mercado.

No Brasil, esse obstáculo é sistêmico. O que reforça a opinião de que a Estratégia de
“reindustrialização” comprando peças em mercados externos, através de ex-tarifários, é
insuficiente para impulsionar a pretensa reindustrialização anunciada pelo Presidente.
Ela levará nada a lugar nenhum.

Cabe acrescentar que, não há erro em recorrer aos mercados externos para complementar
demanda doméstica. Erro é um Estado iludir seus Agentes Econômicos com promessas para as políticas de industrialização que não se cumprirão.
Como os ex-tarifários e a Reindustrialização…

Arilda Teixeira escreve todas as terças-feiras em ES Brasil. 

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