O anuário Finanças dos Municípios Capixabas revela quais as cidades com as maiores disponibilidades de caixa ao final de 2021
Por Amanda Amaral
O anuário Finanças dos Municípios Capixabas apontou quais os municípios, em valores absolutos, detinham as maiores disponibilidades de caixa com recursos não vinculados (sem obrigação de destinação para fim específico) ao final de 2021. Vitória surge à frente do ranking com R$ 607,8 milhões.
Em segundo lugar, a Serra (R$ 238,9 milhões) e em terceiro Aracruz (R$ 137,7 milhões). A lista continua com Vila Velha (R$ 92 milhões), Linhares (R$ 64,9 milhões), Cachoeiro de Itapemirim (R$ 53,3 milhões) e Colatina (R$ 53,3 milhões). O anuário está em sua 28º edição, foi concluído no final de junho deste ano e foi elaborado pela Aequus Consultoria.
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O documento também revela que 76 municípios do Espírito Santo encerraram o ano passado com 1,81 bilhão em caixa, sendo que estas cidades viram sua receita crescer em 4,8% e as despesas reduzirem em 3,4% no período.
Melhora da disponibilidade de caixa
O economista Alberto Borges, editor da publicação, avalia que a melhora da disponibilidade de caixa vem desde 2020, último ano de mandato das prefeituras e, portanto, as administrações são proibidas de deixarem despesas sem cobertura financeira.
Além disso, segundo ele, também contribuíram para o saldo positivo os seguintes fatores: repasse de verbas da União aos municípios para enfrentamento à Covid-19; a expansão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) após reajuste dos preços da energia elétrica e dos combustíveis; e a contenção dos gastos com pessoal em razão da Lei Complementar (LC) nº 173.
“Com uma posição mais confortável herdada do ano anterior, os municípios capixabas viram suas receitas crescerem 4,8% em 2021, ao mesmo tempo em que reduziram as despesas em 3,4%, o que fez suas disponibilidades de caixa saltarem para mais de R$ 1,5 bilhão no exercício”, observou o economista.
Aumento de receita
O anuário também aponta as cidades que obtiveram aumento de receita e contiveram gastos, conseguindo ampliar as reservas financeiras de curto prazo.
No total, as receitas dos municípios contabilizaram alta de 4,8% e alcançaram a cifra de R$ 16,21 bilhões, um acréscimo de R$ 744,7 milhões em relação a 2020, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Cenário de incertezas
Alberto adianta que, até a data do fechamento do anuário, no final do último mês de junho, as receitas continuaram com uma boa performance, mas o cenário para 2023 está cercado de incertezas.
“Fatores como a continuidade da inflação, os efeitos negativos dos juros elevados sobre a atividade econômica, o desaquecimento dos Estados Unidos e de países da Europa em virtude da guerra na Ucrânia e o arrefecimento da economia brasileira requerem estimativas mais cautelosas para o ano que vem”.
Cabe ressaltar que o Estado possui 78 municípios e não constam no anuário informações sobre Mucuri e Guarapari, já que o documento se baseou nos Relatórios de Gestão Fiscal (RGF).
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