De acordo com os cientistas, a estrela faz parte do sistema binário Swift J0243.6+6124, que fica a uma distância de 24 mil anos-luz da Terra
Uma estrela de nêutrons, que aos olhos dos cientistas da Universidade de Amsterdã, na Holanda, não deveria existir, foi descoberta. De acordo com os pesquisadores, a estrela de nêutrons faz parte do sistema binário Swift J0243.6+6124, que fica a uma distância de 24 mil anos-luz da Terra, na constelação de Cassiopeia.
A estrela só existe graças a substância de uma estrela maior, localizada perto de um objeto compacto, que flui para aquele, formando um disco de acreção (estrutura formada por materiais difusos em movimento orbital ao redor de um corpo central).
Ela é capaz de ejetar jatos de plasma relativísticos embora tenha um campo magnético extremamente forte. Os jatos podem surgir em estrelas com um campo magnético mais fraco, relata o jornal Science Alert.
Desta forma, jatos de partículas ionizadas são ejetados dos polos de uma estrela de nêutrons, atingindo velocidade próxima a da luz. Foram encontrados em muitos objetos jatos que absorvem a substância do companheiro, incluindo buracos negros, anãs brancas e outras estrelas de nêutrons.
Acredita-se que os jatos são 100 vezes mais fracos do que os análogos conhecidos. Segundo os cientistas, o campo magnético de uma estrela de nêutrons é 10 trilhões de vezes mais forte que o do Sol.
Além disso, a descoberta reforça a hipótese de supressão magnética de jatos relativísticos, segundo a qual um campo forte afasta o disco, o qual deve se localizar à distância de uma estrela de nêutrons para que o jato se forme.
*Da redação com informações do Sputnik e Jornal do Brasil