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terça-feira, 18 DE fevereiro DE 2025

Estado registra recorde de exportações de café para a UE

O bloco europeu representa 42,7% do volume de café exportado por produtores capixabas até o mês de julho deste ano

Por Otávio Gomes*

No primeiros sete meses de 2024, o Espírito Santo bateu o recorde de volume de café exportado para países da União Europeia (UE) na comparação com qualquer ano da série histórica. O número de sacas do complexo cafeeiro exportado para o bloco saiu de 316,6 mil para 2,3 milhões de sacas este ano, um aumento de quase 800%. Os números são da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).

Até julho deste ano, o volume de café embarcado para os 26 países da UE, considerando café cru em grãos, café solúvel e café torrado e moído, representa 42,7% do total vendido pelo Estado ao exterior, mais de três vezes maior do que os 15,6% em 2023. Com o aumento da participação europeia nas vendas, o valor das divisas com a UE no ano somou US$ 442,7 milhões, em contraste com os US$ 57,9 milhões do ano passado.

A Bélgica se destacou como o principal comprador do café capixaba, com um aumento de quase nove vezes no volume importado na comparação com o ano passado, passando de 43,9 mil para 805,7 mil sacas. A Itália ficou com o segundo maior mercado, com a compra de 462,9 mil sacas, seguida pela Alemanha, que aumentou as exportações de 49,3 em 2023 mil sacas para 349,9 mil sacas este ano.

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Os dez principais países importadores do bloco no período são Bélgica, Itália, Alemanha, Espanha, Polônia, Países Baixos, Estônia, França, Grécia e Croácia.

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Segundo o titular da Seag, Enio Bergoli, o desempenho de 2024 reflete a crescente demanda e valorização pelo café capixaba no mercado europeu, consolidando o bloco como um dos principais destinos do café produzido no Espírito Santo. “Esse desempenho extraordinário é resultado direto da evolução da qualidade dos nossos cafés, sobretudo, do conilon, fruto de investimentos em tecnologias avançadas e capacitação dos nossos produtores. Fatores externos, como a quebra de safra no Vietnã e conflitos internacionais que afetaram a logística de outros países produtores, também favoreceram essa expansão, além, é claro, das incertezas decorrentes do regulamento europeu de commodities livres de desmatamento. Continuamos com o planejamento de Estado, temos o programa de cafeicultura sustentável mais robusto do Brasil que norteia o rumo onde queremos consolidar o café capixaba no mundo”, pontuou Bergoli.

“O resultado das exportações é reflexo de um trabalho altamente profissional em toda a cadeia do café no Espírito Santo, desde os produtores até o segmento exportador e a indústria, e reforça que o trabalho desenvolvido no Estado por diversas organizações que fazem parte do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura está gerando resultados expressivos e contribuindo para consolidar o Estado como uma das principais origens produtoras de cafés sustentáveis do mundo”, complementou o subsecretário de Estado Desenvolvimento Rural, Michel Tesch.

O gerente de dados e análises da Seag, Danieltom Vandermas, comentou qu os números também indicam uma oportunidade para os produtores capixabas diversificarem as exportações. “É fundamental observar que, embora a Bélgica, Itália e Alemanha sejam os maiores destinos, o aumento exponencial das exportações para mercados menores, como Polônia e Estônia, revela oportunidades estratégicas para diversificação e expansão em países emergentes dentro do bloco europeu. Essa diversificação é crucial para mitigar riscos e garantir resiliência econômica no longo prazo”, informou Vandermas.

*Sob supervisão de Erik Oakes

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