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sexta-feira, 3 maio, 2024

Espírito Santo firma acordo com companhia chinesa Shein

Acordo foi confirmado pelo vice-governador Ricardo Ferraço na última semana; Encontros de Casagrande com chairman da Shein foram decisivos

Por Robson Maia

O governo do Estado confirmou, na última semana, o acordo com a companhia de e-commerce chinesa, Shein, para que indústrias de confecção do Espírito Santo atendam à demanda operacional da empresa no país. A novidade foi sacramentada após reunião de representantes da Companhia com o vice-governador e secretário de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço (PSDB).

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Acordo foi confirmado pelo vice-governador e secretário de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço
Acordo foi confirmado pelo vice-governador e secretário de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço – Foto: Divulgação/Governo do ES

Além da parceria com empreendedores capixabas, a empresa chinesa estuda a possibilidade de instalar um Centro de Distribuição no Estado. Ferraço ressaltou que o Espírito Santo tem mantido uma relação próxima com a Shein.

O tucano explicou que na troca de informações constam a disponibilização de informações decisivas para o investidor, como a apresentação das potencialidades da economia capixaba, a política fiscal, por meio da concessão de incentivos estaduais, os dados sobre o ambiente socioeconômico equilibrado, e a oferta de mão de obra qualificada. A empresa chinesa já tem empreendedores parceiros capixabas e quer ampliar esta operação.

“Em 2022, a Shein operou exportando da China produtos para o mercado brasileiro e, neste ano, alterou a estratégia e passou a adquirir produtos no Brasil. Eles vão precisar de duas mil empresas, indústrias, indústrias pequenas, médias, grandes, para fornecimento de produtos, dado a estratégia muito eficiente de comercialização, a partir da sua plataforma eletrônica. Então, estamos criando as condições para que o nosso polo de confecções possa ser um ativo fornecedor”, salientou Ferraço.

O vice-governador destacou que o Espírito Santo opera com uma ociosidade no parque industrial de confecções, tanto na região norte quanto na Região Metropolitana da Grande Vitória.

“A ideia é aproveitar, de fato, a possibilidade e o potencial que temos para gerar mais empregos e oportunidade de trabalho fornecido para a empresa chinesa”, disse Ferraço.

“Temos um polo estabelecido e instrumentos de incentivo muito competitivos. Eles querem não apenas montar aqui todo um arranjo, comprando das fábricas capixabas, mas estudam a possibilidade de montar também um centro logístico para que, a partir do Espírito Santo, possam também ser parceiros dos arranjos produtivos locais e distribuir esses produtos para todo o Brasil. Nossa estratégia é, de fato, nos conectar a essa grande empresa, que tem um mercado muito forte”, complementou.

Encontros com Casagrande foram decisivos

Em maio, enquanto cumpria agenda nos Estados Unidos, o governador, Renato Casagrande (PSB), se reuniu com o chairman da Shein na América Latina, Marcelo Claure, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Na ocasião, o gestor convidou o executivo da plataforma de compras para conhecer o estado e os programas de incentivos fiscais oferecidos.

Os encontros foram decisivos para colocar o Espírito Santo no páreo após a companhia chinesa anunciar que pretendia realizar investimentos no Brasil. Na ocasião, o governador informou que as conversas caminharam em tom positivo.

Casagrande se reuniu com representante da Shein nos EUA
Casagrande se reuniu com representante da Shein nos EUA

“Fiz o convite pra ele visitar o Espírito Santo, conhecer a nossa organização e estabilidade política, além de todo o nosso potencial. A empresa tomou a decisão de fazer investimentos no País e o Espírito Santo pode receber esse importante player do e-commerce. O setor têxtil e de confecção gera muitos empregos em toda cadeia de produção. Esperamos que a empresa possa nos conhecer melhor e avaliar a possibilidade de instalar futuras unidades de fabricação e distribuição”, disse Casagrande na época.

A Shein é uma empresa chinesa de e-commerce que vem expandindo suas operações para outros países, incluindo Brasil, entre outros da América Latina. De acordo com o e-commerce Brasil, somente em 2022, a plataforma faturou cerca de R$ 8 bilhões com o comércio brasileiro.

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