Nesta quinta (13), o autor realizará uma noite de autógrafos na Livraria Leitura do Shopping Vitória
Por Rafael Goulart
O professor e escritor capixaba José Antonio Martinuzzo acaba de lançar mais um livro. “Ciberbarroco”, da editora Mauad, faz reflexões sobre o estilo artístico e estético do Barroco e sua relação com o ciberespaço.
Autor de livros e estudos nas áreas de Comunicação, Tecnologias Digitais de Informação/Internet, Gestão de Imagem, História, Psicanálise, Patrimônio Cultural e Arquitetônico, José Antonio Martinuzzo é professor titular da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e doutor em Comunicação e mestre em Comunicação, Imagem e Informação pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
Nesta quinta (13), o autor, que também é jornalista, escritor e membro Escola Lacaniana de Psicanálise de Vitória (ELPV), realizará uma noite de autógrafos na Livraria Leitura do Shopping Vitória a partir das 19h.
Uma curiosidade sobre o livro é a foto da capa: nela estampada está uma imagem do quadro Narciso, do artista italiano Caravaggio. O uso da imagem foi autorizado pela Galeria Nacional de Arte Antiga de Roma, que é a detentora da obra. Em contrapartida, a galeria solicitou exemplares do livro capixaba para compor o acervo da biblioteca do Palazzo Barberini.
O Livro
Neste livro, José Antonio Martinuzzo analisa a captura e controle das atenções e subjetividades, à luz do biopoder foucaultiano, na nova ambiência existencial que Muniz Sodré define como “continente de bytes”, o ciberespaço.
Para o autor, igualmente ao período barroco, essa territorialidade digital emerge num tempo de vertigem de afetos e depressão racional, calcado no excesso e na melancolia. Daí ciberbarroco, nome dado à lógica ético-estética que organiza o inaudito empreendimento dos ciberterritórios.
Ao refletir sobre o ciberbarroco, a obra argumenta que, fiel à estética barroca, as redes socioinformáticas tramam telas segundo a lógica pictórica de representação da aparência, como uma técnica de afetação e modelagem comportamental.
Para Martinuzzo, a maravilha tecnológica que conforma as redes de vivência partitiva rima com a estratégia secular do Barroco, centrada no exercício de um biopoder de inspiração imperial e com foco na captura e gestão da atenção.
Suportada por aplicações engenhosas, dinamizada por machine learning, a capitalística biopolítica sensível do ciberbarroco, mais do que “corpos dóceis”, almeja espíritos atualizáveis ao ritmo de operações algorítmicas formatadas ao gosto do mercado e suas afetuosas razões para o existir reduzido ao ver e ao dar-se a ver, sob o comando consumista do gozo incontinente, na ditadura do carpe diem fatiado: carpe instans!
Com informações da Assessoria de Comunicação