O setor está com as atividades suspensas desde o início da pandemia
Josué de Oliveira
A Câmara Federal deve votar, ainda esta semana, o projeto que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Desde o início da pandemia causada pelo novo Coronavírus, profissionais da área estão sem trabalhar e muitos enfrentando dificuldades por causa da suspensão dos eventos.
Na semana passada, o setor conquistou a primeira vitória, quando a matéria, de autoria do deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), foi aprovada em regime de urgência. Empresários também estiveram em Brasília para sensibilizar os parlamentares sobre a importância desse projeto.
O diretor da Associação Brasileira de Promotores de Eventos no Espírito Santo (Abrape-ES), Pablo Pacheco, afirmou que a expectativa em relação à aprovação é grande.
“Fizemos uma movimentação bem positiva e estamos confiantes. Conversamos com vários parlamentares e tivemos apoio forte por parte deles. E o fato da matéria já ter sido encaminhada em regime de urgência é um indicativo positivo de que será aprovada no plenário”.
Tempos difíceis
Empresário da área de eventos há 30 anos, Dayan Mencer lembra que a área de eventos e turismo são responsáveis pela geração de renda no país. Segundo a Abrape, são mais de 3,5 milhões de vagas de emprego no setor.
“Nós como empresa e enquanto profissionais de eventos estamos passando dificuldade. Estamos há quase um ano sem faturar. Nunca passamos um sufoco tão grande”, desabafou.
Líder da bancada capixaba em Brasília, o deputado federal Da Vitória (Cidadania), afirmou que está trabalhando para que a matéria seja aprovada.
“O Projeto tem o meu apoio e é de extrema importância para o setor de eventos. Devido às restrições impostas pela pandemia, o segmento foi fortemente impactado. O primeiro a parar e o último que terá as atividades retomadas 100% e vamos trabalhar para aprovar o PL aqui na Câmara”.
Entenda
O Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) prevê o parcelamento de débitos de empresas do setor de eventos com o Fisco federal, além de outras medidas como isenção de tributos e linhas de crédito com juros de 3,5% mais a taxa Selic.