Há 37% de donas de negócio no Espírito Santo, se comparado ao empreendedorismo masculino, o estado é o 3° no ranking.
Sergipe (39%), Ceará (38%) e o Rio de Janeiro (37%), empatado com o estado capixaba, encabeçam a lista de onde é maior a proporção de mulheres no total entre empreendedores. As informações são do último levantamento do Sebrae, referente ao terceiro trimestre de 2020.
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Nesta sexta-feira (19), é comemorado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, e por isso a ES Brasil conversou com a gerente de Relacionamentos do Sebrae-ES, Adriana Rocha, sobre os resultados da pesquisa.
“Há pelo menos 10 anos, o Sebrae atua na formalização do empreendedor, mostrando todos os benefícios e deveres. Ao longo desse trabalho, vamos alcançando números melhores. Sempre focamos na informação, deixando claro os deveres dela para que tenhamos uma empreendedora consciente e adimplente”, afirmou Rocha.
Muitas das capixabas são chefe de família (49%) e, além disso, enfrentam a robustez do mercado liderado por homens.
“As mulheres enfrentam muitos desafios, inclusive sobre a obtenção de créditos com relação às taxas. O credito para as mulheres é mais alto. Há também a questão comportamental, os homens tendem a ser mais agressivos no mercado, se impõem. A mulher vai na informalidade primeiro, crescendo e tende a investir muito mais com recursos próprios do que de terceiros”, explicou a gerente.
Nacional
A pesquisa apontou também que em um contexto nacional, o Espírito Santo possui apenas 2% de mulheres empreendedoras, sendo que São Paulo (23%), Minas Gerais (9%) e Rio de Janeiro (8%) são os primeiros da lista com maior número de donas de negócios.
Para a gerente de Relacionamentos do Sebrae, seria necessário aprofundar uma pesquisa em território capixaba para melhor compreensão deste dado. Segundo ela, é necessário levar em consideração o universo de empreendedores informais e considerar também as características de cada estado.
“Quando falamos de São Paulo, que tem 23%, desse quantitativo, é muito representativo o ponto de vista populacional e o ponto de vista dos negócios. Em São Paulo, chega primeiro a tecnologia, existe todo um contexto e um ambiente mais propício ao empreendedorismo”, disse.
Dicas
Para as mulheres que pretendem entrar no mundo dos negócios empreendendo, Rocha dá algumas dicas. É importante que a empreendedora consulte o Sebrae para buscar soluções que vão desde a área de marketing, até finanças e gestão de pessoas. Buscar conhecimento sobre como gerir a empresa e ter planejamento são fundamentais, de acordo com a gerente.
“Costumamos perguntar as empreendedoras se elas têm algum dom, se tem algo que elas saibam fazer a ponto de se dedicarem, esse é um excelente caminho. A outra questão é se ela enxerga alguma oportunidade no mercado, algo a ser explorado. Esses dois outros fatores já são pontos que ajudam no fortalecimento de uma empresa”, comentou.
A pesquisa considerou as empresas formalizadas e que estão contidas no Simples Nacional (micro e pequenas empresas).