Agora é preciso atenção. Câncer de pele, alergias, desidratação e outras complicações surgem no verão
Estação em que as pessoas mais procuram por praias, piscinas e clubes, entre outros locais que aliam diversão ao frescor, o verão é sinônimo de muita alegria, mas é muito importante manter cuidados especiais. Afinal, podem surgir problemas como queimaduras de pele, afogamentos e desidratação, entre outras situações nada agradáveis.
Os transtornos com a pele são os que surgem em primeiro lugar. Todos os anos, são realizados 180 mil diagnósticos de câncer de pele, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Isso significa que, a cada quatro novos casos no Brasil, um é de pele.
Para evitar esse tipo de diagnóstico, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) indica a adoção de certos cuidados antes de se expor aos raios solares. A instituição recomenda uso de filtros com fator de proteção solar (FPS) 30 ou superior, tanto para o dia a dia quanto para a exposição prolongada ao sol.
Mais do que aliados para evitar queimaduras causadas pelo sol, o filtro solar e o chapéu são dois importantes instrumentos para evitar a incidência de lesões na pele. “O chapéu protege as regiões mais expostas. O câncer de pele tem maior incidência em regiões como face, couro cabeludo e colo (tórax). O ideal é, se possível, usar roupas de proteção UV, além do filtro solar, e evitar a exposição ao sol no horário das 10 às 16 horas”, destaca a radio-oncologista do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), Anne Karina Kiister.
Alergias
Muita gente imagina que as doenças respiratórias não são um problema nessa estação. Ledo engano! Mudanças bruscas de temperatura, intensificação do uso do ar-condicionado e excesso de chuvas podem desencadear casos de asma, rinite, sinusite e bronquite.
O ar-condicionado é um dos grandes vilões da saúde respiratória. Com ele, a possibilidade de inflamação dos brônquios é maior, pois o aparelho resseca o muco protetor, deixando as vias aéreas mais vulneráveis, adverte a médica pneumologista Jéssica Polese.
“A hidratação é muito importante para amenizar esse problema. Além de beber pelo menos dois litros de água por dia, recomendo aos meus pacientes que lavem as narinas com soro fisiológico”, enfatiza a especialista.
Durante o verão, também são comuns viagens para casas de veraneio que passam muito tempo fechadas, acumulando poeira, mofo e ácaros. “Essas condições favorecem as crises de rinite alérgica, por isso o ideal é fazer a higienização do local antes. Roupas de cama e de banho devem ser lavadas e, se for possível, deixe colchões e travesseiros no sol”, aconselha a médica.
Afogamentos
Nesse período, há aumento de casos de afogamentos em todo o Brasil por conta da maior procura aos banhos de rios, lagoas e cachoeiras. De acordo com o Corpo de Bombeiros do Estado do Espírito Santo (CBMES), aproximadamente 75% das mortes ocorrem em rios e represas, pois são ambientes, que, apesar de tranquilos, podem esconder perigos variados que levam à morte muitos banhistas.
Segundo a instituição, os principais riscos em rios são pedras no leito, lama, galhos e troncos, que podem ser escorregadios, além das formas da água como ondas estacionárias e turbulências, que podem trazer sérios riscos àqueles que não agirem com prudência.
Crianças
No verão, também é comum sofrermos com as altas temperaturas. Geralmente, as crianças são as mais afetadas com todo esse calor. Segundo o médico pediatra Jovarci Motta, é necessário ficar atento aos sinais que elas podem apresentar nesse período.
Motta afirma que o tempo quente é um dos responsáveis por doenças como diarreia, gastroenterite e desidratação. Ele explica que a melhor maneira de zelar pela saúde dos pequenos é mantê-los hidratados.
“Nessa época do ano, as crianças precisam de mais atenção, por isso a melhor solução é beber muita água. O ideal é que seja sempre de uma fonte confiável e que seja filtrada ou fervida”, afirma.
Ele reforça que é importante estimular os pequenos a consumir o líquido. “Deixar sempre uma garrafinha ao alcance da criança ou colocar uma squeeze na mochila quando for à escola ou em cima da mesa quando for estudar ajuda a desenvolver o hábito de beber água”, observa o pediatra.
A pele dos pequenos também merece atenção. Segundo o pediatra, a textura denuncia se está ou não hidratada. “Pele sem elasticidade, língua seca e ressecamento dos olhos são sinais de desidratação”, elenca o especialista.
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