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segunda-feira, 6 maio, 2024

Dr. Bruno quer garantia de exame para recém-nascido com down

Exame em pessoas com down visa diagnóstico precoce de possíveis doenças cardíacas

Por Redação

A Assembleia Legislativa do Espírito Santo discute o Projeto de Lei (PL) que trata sobre a obrigatoriedade do exame ecocardiograma pediátrico em recém-nascidos com síndrome de Down. A proposta, de autoria do deputado Dr. Bruno Resende (União), garante a realização do exame em todos as unidades de saúde pública do Espírito Santo

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De acordo com o parlamentar, a proposição objetiva assegurar os direitos às pessoas com síndrome de Down no estado. Ele cita a Lei Federal 7.853/1989, que fixa “normas gerais para assegurar os direitos das pessoas com deficiências, e sua efetiva integração social, determinando que cabe ao poder público e seus órgãos assegurar a essas pessoas o pleno exercício de seus direitos básicos.”

De acordo com a Vitória Down, instituição especializada no cuidado e direitos de pessoas que possuem a síndrome, a estimativa é de que, atualmente, no Espírito Santo, são cerca de 5 mil pessoas portadoras da condição genética.

Na justificativa da proposta, Dr. Bruno menciona dados do Ministério da Saúde com a estimativa de nascimento, por ano, de aproximadamente 30 mil crianças no Brasil com alguma cardiopatia congênita — anormalidade na estrutura ou função do coração que surge nas primeiras oito semanas de gestação, quando este órgão é formado — fazendo o alerta para o diagnóstico precoce.

Ainda de acordo com dados citados na proposta, segundo a médica Marina Fantini, coordenadora da Cardiologia Pediátrica da Rede Mater Dei de Saúde, 1% de todos os bebês que nascem no país tem alguma cardiopatia congênita. Todavia, metade das crianças com Síndrome de Down possui a doença.

“É de extrema importância que o exame ecocardiograma, o ultrassom do coração, seja realizado logo após o nascimento do bebê, já que cerca de 50% das crianças que nascem com síndrome de Down apresentam algum tipo de cardiopatia. Dessa forma, o diagnóstico da doença traz benefícios à criança e à família, bem como é de suma importância para a saúde pública”, relata Dr. Bruno.

O deputado afirma que o diagnóstico precoce minimiza potenciais gastos do aparelho público, além de fornecer uma qualidade de vida maior às pessoas com down. Por isso, o PL 173/2023 visa consolidar os direitos previstos em leis e à proteção e defesa da saúde de pessoas com síndrome de Down.

A proposta segue em tramitação e será encaminhada às comissões de Justiça, Direitos Humanos, Saúde e Finanças.

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