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sexta-feira, 26 abril, 2024

Copom prevê nova elevação dos juros, mas em menor intensidade

Na ata da última reunião, o Comitê deixou o ciclo de elevação da Selic em aberto, destacando o impacto da gasolina na inflação

Por Amanda Amaral

Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou novamente a taxa básica de juros, a Selic, de 11,75% para 12,75%. A expectativa é de que novas elevações sejam feitas ao longo do ano principalmente em razão da inflação, que continua a subir, entre outros fatores.

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Essa é a perspectiva do Copom que, divulgou nesta terça-feira (10), a ata de sua última reunião, por meio da qual afirma que “é apropriado que o ciclo de aperto monetário continue avançando significativamente em território ainda mais contracionista”.

Na ata, a equipe do Comitê ressalta que “antevê como provável uma extensão do ciclo com um ajuste de menor magnitude”, o que já vem ocorrendo. O último aumento foi de 1%, sendo que os demais ao longo de 2022 foram de 1.5%.

Alta no preço da Gasolina

Para dar continuidade ao clico de reajuste monetário, segunda a ata, o Copom considerou: a continuidade da alta do petróleo; da inflação no país e no ambiente externo; a nova onda da covid-19 na China; e a reorganização das cadeias de produção globais em decorrência da guerra na Ucrânia.

“A inflação ao consumidor segue elevada, com alta disseminada entre vários componentes se mostrando mais persistente que o antecipado. A inflação de serviços e de bens industriais se mantém alta, e os recentes choques levaram a um forte aumento nos componentes ligados a alimentos e combustíveis”, informou o Copom, que destacou o aumento do preço da gasolina, “com impacto maior e mais rápido do que era previsto”, diz a ata.

Meta do Banco Central

As expectativas de inflação para 2022 e 2023 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 7,9% e 4,1%, respectivamente. A meta do Banco Central (BC) é de encerrar o ano com inflação de 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Copom prevê nova elevação dos juros, mas em menor intensidade
O Copom é o órgão do Banco Central que define, a cada 45 dias, a taxa básica de juros, a Selic. Foto: Ministério da Economia

Com isso, o Copom afirmou que vai continuar com a estratégia de elevação dos juros até que se observe resultados nos índices inflacionários, na busca por se aproximar das metas.

Essa convergência da inflação na direção das metas, no entanto, depende, segundo o Copom, da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária.

Cadeias de Produção

No cenário externo, o ambiente global seguiu se deteriorando, conforme informa a ata do Copom, tendo por base as pressões inflacionárias decorrentes da recuperação global após a pandemia, que impactaram nos preços de commodities este ano e, mais recentemente, pela nova onda da Covid-19 na China, “com potencial de prolongar ainda mais o processo de normalização do suprimento de insumos industriais”.

“A reorganização das cadeias de produção globais, já impulsionada pela guerra na Ucrânia, deve se intensificar, com a busca por uma maior regionalização na cadeia de suprimentos. Na visão do comitê, esses desenvolvimentos podem ter consequências de longo prazo e se traduzir em pressões inflacionárias mais prolongadas na produção global de bens”, complementa a ata.

O Copom cita também a adoção de uma política mais contracionista por bancos centrais de países desenvolvidos e emergentes, em reação ao avanço da inflação. “A reprecificação da política monetária nos países avançados tem impactado as condições financeiras dos países emergentes”, finaliza a ata do Copom.

Com informações da Agência Brasil.

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