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terça-feira, 30 abril, 2024

Como equilibrar saúde mental e lucratividade

Os profissionais de RH, junto das lideranças das organizações, são capazes de promover ações rápidas e consistentes em prol da saúde mental e emocional dos colaboradores

Por Fabíola Costa

Cuidar da saúde física e mental dos colaboradores de uma organização sempre foi desafiador.  Nos dois últimos anos – com a crise que a Covid-19 provocou no setor de saúde, esse cuidado tem sido não só um desafio, mas uma urgência.

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Uma pesquisa realizada pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP), em parceria com as empresas Talenses e Gympass, mostrou questões importantes desse cenário.

A maioria dos respondentes revelou estar com sobrecarga de trabalho (43%), o que impacta diretamente a saúde mental e emocional dos profissionais. Vale destacar outro ponto mostrado pela pesquisa, realizada em janeiro de 2022: as ações de RH não alcançam, por completo, as necessidades dos colaboradores.

Acredito que – para além de toda a questão de saúde ou da própria doença, o que gerou muita angústia nas pessoas foi ter que entregar o mesmo resultado, senão resultados maiores, em uma condição, momento e situação totalmente diferentes. É claro que a empresa não vai se adequar 100% à necessidade de cada um. Mas é fundamental que a área de Gestão de Pessoas (e não somente o RH) busque o equilíbrio entre cuidados e resultados.

Olhando para seus trabalhadores e para os seus negócios, a organização deve buscar conciliar, de forma saudável e sustentável, a produtividade dos profissionais e a lucratividade da empresa.

E a área de Gestão de Pessoas, com toda sua expertise nesse assunto, pode e deve levar provocações e propor soluções para o ambiente corporativo. Claro que todas as ações de acolhimento, palestras, atendimentos em grupo e treinamentos são de suma importância para o bem-estar. No entanto, as mudanças na relação com o trabalho são a essência desse processo.

É preciso que as organizações se perguntem: De que forma e com qual recurso o trabalhador entregará o seu melhor resultado? A equipe tem clareza de como realizar suas entregas nesse novo formato? Há feedbacks suficientes? Como nos comunicar com o time nesse novo cenário? Que acordos e combinados são necessários nesse momento? Que ajustes precisamos fazer nas metas e indicadores diante dessa nova realidade?

Em conjunto, profissionais de RH e as lideranças mais próximas dos trabalhadores devem construir um plano de ação que considere os fatores que mais impactam a saúde mental. São eles (segundo a pesquisa da FGV EAESP): a sobrecarga de trabalho (43%), a alta pressão por metas e resultados (31%), a falta de reconhecimento (30%); e sentir que precisa estar disponível o tempo todo (30%).

Embora influenciados pela pandemia, esses fatores não são apenas do presente. Eles já existem há um bom tempo. Hoje, é urgente que as organizações compreendam que é necessário agir de uma forma diferente! E o profissional de RH tem um grande papel na facilitação desse processo.

Fabiola Costa é vice-presidente da ABRH-ES.

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