Projeto similar apresentado na ALES foi considerado inconstitucional por Comissão
Por Redação
Em entrevista na última terça-feira (11), o governador Renato Casagrande (PSB) afirmou ser inviável a presença de policiais militares em unidades de ensino da rede pública estadual. Em medida similar, a Assembleia Legislativa do Espírito Santo vetou a tramitação de um Projeto de Lei Complementar que previa as forças de segurança em escolas.
Diante da escalada da violência em instituições da educação por todo o Brasil, autoridades estaduais e representantes da sociedade estudantil cobraram mais segurança nas unidades de ensino e instituições acadêmicas no Espírito Santo.
No último domingo, diversas mensagens circularam em aplicativos de mensagem anunciando um suposto massacre nas escolas, o que foi rechaçado e classificado como boato pelas forças de inteligência estaduais.
Em resposta aos casos, Casagrande anunciou na segunda-feira que a administração estadual apresentará, ainda neste mês, um Plano de Segurança Escolar. No entanto, o gestor afirmou ser inviável a presença de policiais em escolas por falta de efetivo.
“Aqui no Espírito Santo a gente tem 400 escolas estaduais, e tem ainda as do município, que são em um número infinitamente superior. E a gente precisaria de pelo menos dois policiais por escola, porque elas não funcionam só 8 horas por dia, e sim o dia inteiro. A gente então precisaria de uns 4 mil a 6 mil apenas para isso. E o nosso efetivo da Polícia Militar é de 8 mil policiais”, pontuou o governador.
Casagrande reforçou ainda o trabalho das autoridades em identificar os responsáveis pelos disparos de mensagens em massa e prometeu agir com rigor nestes casos. “O que nós temos agora é que enfrentar o tema de forma clara e punir quem está divulgando fake news sobre isso”, destacou.
No início da semana, a ALES devolveu o Projeto de Lei Complementar proposto pelos deputados Lucas Polese, Capitão Assumção (PL) e Coronel Weliton (PTB) que previa a designação de militares da reserva remunerada na segurança de escolas públicas . Os parlamentares repercutiram o atual cenário de preocupação com crimes ocorridos nas instituições de ensino.