O aumento do diesel vem uma semana após o aumento da gasolina em 12% e também após a reabertura de grandes montadoras como GM, Fiat e Ford
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (18), que vai elevar o preço do diesel nas refinarias em 8% a partir da terça-feira (19), ou mais R$ 0,1039 por litro. O reajuste vem menos de uma semana após elevar o preço da gasolina em 12%.
O diesel marítimo será elevado em 8,4%, e para as térmicas o aumento será de 8,2% (diesel S500) e 8,6% (diesel S10, menos poluente).
Antes desse aumento o diesel acumulava no ano queda de 44,1%, contra redução de 41,3% da gasolina, que já embute os dois aumentos de maio, impulsionados pela alta do petróleo no mercado internacional.
Por volta das 11 horas (de Brasília), o petróleo tipo Brent, usado com referência pela Petrobras, subia 7,51%, cotado a US$ 34,77 o barril, depois de ter chegado a menos de US$ 20 o barril no mês passado.
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A commodity reage ao otimismo do mercado norte-americano com o início da abertura da economia, fechada parcialmente pela pandemia do novo coronavírus (covid-19), com a reabertura de grandes montadoras como GM, Fiat e Ford.
Saldo positivo
Apesar de ser um aumento, na visão do economista Vaner Simões, esse é um resultado bem positivo. “Isso mostra que o mercado reagiu e os reflexos são mais que imediatos. É possível que tudo volte antes do esperado e este aumento é sinônimo de reaquecimento da economia. Com o mercado norte-americano voltando, nós que somos clientes e também exportamos petróleo para eles, temos um avanço. Essa atitude também salva a Petrobras de ter prejuízos”, disse.
Segundo o economista, essa pode também ser uma atitude proveniente da amenização na tensão entre a Rússia e Arábia Saudita. “Com tudo parado, carros, aviões, navios, entre outros, é possível que o mercado esteja se recuperando”, afirmou.
*Da redação, com informações de Denise Luna (AE)