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terça-feira, 23 abril, 2024

Consumo de energia e combustível afetados pelo coronavírus

Por conta do isolamento domiciliar em todo o Brasil, pessoas deixam de abastecer e consomem mais energia por estarem em casa

O isolamento domiciliar determinado por autoridades de saúde já causam impactos nos consumos de energia e combustíveis em todo o Brasil. Por conta disso, a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP) solicitou a flexibilidade de horários de funcionamentos dos postos.

De acordo com a Federação Nacional de Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), os postos estão sentindo o efeito do isolamento, com a redução de pessoas que abastecem diariamente.

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A Fecombustíveis solicitou à ANP a redução dos horários dos abastecimentos das 7 às 19 horas e que fossem fechados aos domingos, mas apenas a primeira solicitação foi acatada.

O presidente da entidade, Paulo Miranda, disse que o pedido para fechar os postos um dia da semana visava a reduzir despesas das empresas do setor. “A venda aos
domingos já despencou e mesmo assim temos que manter funcionários e pagar hora extra”, alegou.

Energia

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que o consumo de energia começou a apresentar sinais de retração no dia 19 de março, quando foi 2,3% inferior ao verificado uma semana antes. No domingo (22), a queda foi de 8,9% na mesma base de comparação.

Com isso, caiu também a necessidade de geração hidrelétrica, o que possibilita a recuperação do nível de armazenamento dos reservatórios. No domingo, as usinas da região Sudeste e Centro Oeste tinham 48,7% de sua capacidade. Há um mês, eram 37,5%

Recessão

Segundo o economista Vaner Siimões, os ciclos econômicos se modelam como Recuperação, Prosperidade, Recessão e Depressão. Porém, se o cenário mundial continuar operando desta formas, não haverá consumo.

“Se as cadeias produtivas continuarem assim por mais 40 dias, é muito provável que cadeias produtivas importantíssimas sejam quebradas e daí, com certeza, vai haver uma Depressão na economia, sobretudo, ocidental”, disse Vaner.

O economista acredita que é necessário encontrar uma nova vacina ou medicamento para que a doença não avance e não prejudique a economia mundial. “Todos teremos de escolher entre muitas mortes ou milhões de desempregados, é lamentável, mas este é o cenário mais provável. Não podemos deixar a economia desaquecer num nível que levará uma década para recuperação”, avaliou.

Ele afirma, ainda, que se a quarentena continuar “não adianta ter queda de preço, pois não haverá mercado para compra. Com certeza, haverá queda abrupta na oferta e demanda agregada globais”.

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