Discussão do tema acontece no dia seguinte ao Dia Nacional do Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes; No ES, caso Araceli chocou o Brasil
Por Redação
O combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes será pauta de audiência pública promovida pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Ales). A reunião acontecerá nesta sexta-feira (19), no Plenário Rui Barbosa, às 14h. Os trabalhos poderão ser acompanhados ao vivo pela TV Assembleia e pelo canal do Legislativo no YouTube.
O evento será realizado em parceria com o Fórum Direito da Criança e do Adolescente do Espírito Santo (Fórum DCA), composto por organizações da sociedade civil voltadas para a temática. O encontro tem como tema a passagem dos 50 anos do caso Araceli.
A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, deputada Camila Valadão (Psol), ressalta que a proteção às crianças e adolescentes é tarefa de toda a sociedade.
“Garantir e proteger de forma integral os direitos de crianças e adolescentes precisa ser compreendido como uma tarefa de todos nós. Com o objetivo de coletivizar esse debate é que realizaremos a audiência para construirmos juntos propostas de políticas públicas e ações efetivas que garantam um futuro seguro e digno para as nossas crianças e adolescentes”, pontuou Camila.
Na última quinta (18), foi realizado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, instituído pela Lei Federal 9.970/2000. A norma institui a campanha Maio Laranja, de conscientização sobre o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes.

No Espírito Santo, a data é sempre lembrada pela violenta morte da menina Araceli Cabrera Sanchez Crespo, de 8 anos, ocorrida neste dia, em 1973. A criança, depois de sair da escola na Praia do Suá, foi raptada, drogada e violentada, e seu corpo desfigurado por ácido.
Os supostos autores do crime, Dante de Barros Michelini, Dante de Brito Michelini e Paulo Constanteen Helal foram absolvidos e o processo arquivado. Até hoje, o caso desperta revolta e comoção entre a população capixaba.