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sexta-feira, 26 abril, 2024

A montanha-russa das criptomoedas é para você?

As criptomoedas ainda não são regulamentadas por nenhum órgão e não são aceitas como moedas em todos os lugares

Por Luana Nandorf

Não importa se você entende ou não de mercado de capitais e de finanças, já deve ter ouvido sobre criptomoedas ou, ao menos, sobre a mais famosa delas: o Bitcoin (BTC). Esse assunto gera muita curiosidade, receio e desejo, ao analisarmos casos de investimentos de sucesso. Isso acontece inclusive entre os economistas: as criptomoedas levam o mercado a um misto de sentimentos!

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O site CoinMarketCap aponta que hoje existem 19.607 diferentes criptomoedas no mundo, sendo que a mais antiga delas surgiu em 2008. O Bitcoin (BTC), que surgiu valendo centavos de dólar, teve um crescimento expressivo em 2013 de 5.952% (1 BTC ultrapassou a valer 70 mil dólares), e hoje está avaliado em torno de 30 mil dólares, isto é, 1 BTC vale cerca de 140 mil reais.

Ao analisarmos, então, apenas a curva ascendente do valor das criptomoedas, “por que não investir?” é o que muitos se perguntam. Antes de decidir se isso é para você, é preciso entender melhor como o processo funciona.

Existem alguns pontos positivos sobre esse tipo de investimento:
1. As transações de criptos são muito fáceis de fazer. Você pode adquirir, vender ou transferi-las por meio de aplicativos, carteiras de hardware ou carteiras de câmbio.

2. As transações são executadas diretamente entre as contrapartes, em qualquer dia e horário.

3. Apesar de novo, esse mercado oferece grande segurança e privacidade: cada moeda gera um algoritmo Hash com sequência aleatória de números e letras, tornando os dados extremamente seguros e, uma vez que as transações não são controladas pelo Banco Central, o proprietário é praticamente anônimo.

4. Menores custos e maior agilidade na transferência de recursos.

5. Grande parte das criptomoedas, principalmente as mais antigas e conhecidas, como Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e Tether (USDT), têm valorização acima de outros investimentos.

Entretanto, como alertam investidores mais conservadores, é preciso ter cuidado: as criptos são muito mais voláteis do que outros ativos, como moedas fiduciárias, títulos e ações. Quedas no valor também são constantes e podem ocorrer exatamente no momento em que você resolveu colocar o seu recurso ali.

Além disso, as criptomoedas ainda não são regulamentadas por nenhum órgão e não são aceitas como moedas em todos os lugares, tal qual o dólar, o real, o euro. E, por se tratar de algo puramente digital, mesmo com toda a segurança, existe o risco de serem roubadas por meio de ataques de hackers.

Economistas garantem que as criptos vieram para ficar, mas ainda devem ser consideradas como startups em sua carteira de investimentos, devido à volatilidade no curto prazo e à impossibilidade de mensuração real dos ganhos no longo prazo. É um investimento novo, considerado de risco, e é fundamental estudar bem ou buscar ajuda profissional antes de decidir colocar o próprio dinheiro nesses ativos digitais.

A regra de ouro dentro de investimentos é: invista em algo que você minimamente conheça e acredite, pois desde as primeiras moedas cunhadas em barro até o tão poderoso dólar, nada valoriza tanto quanto o nosso desejo de obter aquele “pedaço de algo” – que hoje nem pedaço (físico) precisa ser.

Luana Nandorf, coordenadora do Comitê Qualificado em Finanças e Investimentos do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo (IBEF-ES)

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