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terça-feira, 30 abril, 2024

A importância da diversidade geracional nas organizações

O desafio se torna maior quando não há transparência sobre o tema. As lideranças, precisam estar preparadas  e não fugir disso, ou pior, tratar com discriminação

Por Fabíola Sarmento da Costa

Há algum tempo a sociedade vive e discute sobre a longevidade, a capacidade de nos cuidarmos melhor, tendo mais recursos e informações.

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Essa realidade muda diversas questões da nossa vida social e familiar. No trabalho, o principal impacto é a diversidade geracional, que é a convivência de pessoas de diferentes idades, de diferentes gerações, trabalhando juntas.

Hoje, não tem sido raro empresas com até quatro diferentes gerações convivendo: Baby Boomers (1945 – 1960), geração X (1961 – 1980), geração Y ou Milllennials (1981 – 1995) e geração Z (1996 – 2010).

É um desafio, pois são perfis e formas de olhar o mundo totalmente diferentes. Enquanto uma valoriza mais a hierarquia, outra a autonomia; enquanto uma tem valores fortes e arraigados de padrões, outras valorizam a flexibilidade e outra ainda busca o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Cada uma forjada no modelo de sociedade, informação e tecnologia de sua época, com suas verdades e expectativas de futuro.

E em meio a tudo isso está a empresa, que precisa crescer, ser lucrativa, cuidar das vertentes ambiental, social e de governança e dar resultados por meio de pessoas tão diversas.

O desafio se torna maior quando não há transparência sobre o tema. As organizações, em especial as lideranças, precisam estar preparadas para lidar com a diversidade de gerações e não fugir disso, ou pior, tratar com discriminação.

Algumas atitudes e ações podem auxiliar nessa prática: trabalhar a comunicação voltada para os diversos públicos; suscitar grupos de discussão sobre temas como empatia, segurança psicológica, desenvolvimento, aprendizagem; capacitar sobre relacionamentos sustentáveis e mediação de conflitos; incentivar grupos com ideias diferentes para solução de problemas; ter processos claros e bem divulgados sobre o encarreiramento.

A diversidade geracional é uma oportunidade! Perceba que as demandas de um negócio preveem o entendimento de um público que também é diverso. Outro grande benefício é a troca de conhecimento entre os profissionais mais velhos e os mais jovens! Entendo que, em certa medida, as empresas precisam de ambos os perfis.

Hoje já encontramos jovens que precisam flexibilizar suas ideias e suas verdades, e idosos ou profissionais mais velhos que acolhem a tecnologia e a mudança com mais facilidade.

Acredito que esse é um olhar importante também: o quanto que a questão geracional, imposta pela data de nascimento, tem buscado um lugar diferente, até pela necessidade dos profissionais de todas as idades de se colocarem e terem sucesso no mercado de trabalho. Ainda é um caminho tímido, mas que tem se desenhado!

Lidar com o diverso requer um olhar para o que é diferente em mim e é visto pelo outro. A longevidade permitiu a convivência entre quatro gerações e só chegamos a ela porque aprendemos novos hábitos, novas formas de lidar com o corpo e a mente, novas tecnologias, novas comunicações e muita inovação. Então, por que não aprendermos a lidar com essas nossas diferenças? Você aceita essa oportunidade que nasce como um desafio?

Fabíola Sarmento da Costa é vice-presidente da ABRH-ES e facilitadora de Conhecimento e Desenvolvimento de Pessoas.

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