Ex-secretário de Estadual de Controle e Transparência, Eugênio Coutinho Ricas, foi um dos que perderam os postos
O governo federal resolveu trocar cinco dos seis diretores da Polícia Federal (PF). Entre eles, o diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado, Eugenio Coutinho Ricas, que estava há três meses a frente do núcleo de investigações da Operação Lava Jato. As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) de desta terça-feira (06).
Além de Ricas, foram exonerados os diretores executivo, Sandro Avelar; de Administração e Logística Policial, Alfredo José de Souza Junqueira; de Inteligência Policial, Cláudio Ferreira Gomes; e de Gestão Pessoal, Clyton Eustaquio Xavier.
Para o lugar dos cinco diretores exonerados foram nomeados, para os respectivos cargos, Silvana Helena Vieira Borges; Fabricio Schommer Kerber; Umberto Ramos Rodrigues; Delano Cerqueira Bunn. O atual superintendente da PF em Brasília, delegado Elzio Vicente da Silva, assume o posto deixado por Ricas.
Silvana será a primeira mulher a ocupar a diretoria executiva do órgão. Enquanto ocupar o cargo, ela poderá vir a substituir o diretor-geral sempre que precisar se ausentar ou estiver impedido de exercer suas atribuições. Compete à diretoria-executiva dirigir, planejar, coordenar e avaliar as atividades de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras, segurança privada, entre outras ações.
Até o momento, o único diretor nomeado durante a gestão do ex-diretor-geral Fernando Segovia, a permanecer no cargo é Amaury Alan Martins de Souza Junior, que está à frente da Diretoria Técnico Científica desde novembro de 2017, quando Segovia foi nomeado diretor-geral e substituiu toda a cúpula do órgão.
Substituição
Ao assumir o Ministério Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann substituiu Fernando Segovia por Rogério Galloro na direção-geral da PF, na última sexta-feira (02). Um dos possíveis motivos para a substituição de Segóvia foi uma entrevista concedida à Agência Reuters, na qual afirmou que nas investigações das condutas do presidente Michel Temer e outros envolvidos os “indícios são muito frágeis”.
Após deixar o cargo, Segovia foi nomeado para a função de adido policial federal na embaixada do Brasil em Roma, na Itália, pelo prazo de três anos. Sua nomeação foi publicada no DOU da última quinta-feira (1º).