Os pagamentos por serviços ambientais são destinados aos produtores rurais que participam do programa Reflorestar do Governo do Estado
Por Amanda Amaral
Foram liberados quase R$ 100,00 milhões em prol de projetos de proteção ao meio ambiente no Espírito Santo. Os recursos advêm dos 4.329 contratos realizados pelo Programa Reflorestar – que atua como política de preservação ambiental com geração de renda para produtores rurais capixabas.
Dos R$ 98,90 investidos pelo Estado, R$ 71,8 milhões foram destinados exclusivamente ao Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). O restante corresponde a outras despesas como pagamentos de consultores/técnicos e impostos.
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O programa Reflorestar completa dez anos em 2023 e é da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), tendo o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) como agente técnico-financeiro. O total de recursos aplicados sofreu correção inflacionária no decorrer do tempo, segundo o órgão estadual.
Hectares protegidos
Por meio do Reflorestar, já foram protegidos 21,3 mil hectares de norte a sul do Estado. O aumento da cobertura florestal chega a 10,6 mil hectares e a preservação ambiental já recuperou 10,7 mil hectares.
O programa estimula que os produtores rurais adotem práticas mais amigáveis ao meio ambiente tendo como contrapartida o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). O Reflorestar contribui para a restauração do ciclo hidrológico, por meio da conservação e da recuperação da cobertura florestal, estimulando a adoção de práticas de uso sustentável dos solos.
Mudança de postura
O gerente de Fundos e Programas do Bandes, Patrick Gomes Silva, salientou que o banco como instituição compromissada com o desenvolvimento sustentável busca constantemente ofertar serviços e produtos para a sociedade capixaba.
“A restauração florestal em áreas degradadas, como as realizadas pelo Reflorestar, é de extrema importância não apenas para a restauração do solo e das nascentes, como também para a conservação da biodiversidade nativa da Mata Atlântica”, destacou.
Para o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Fabricio Machado, o Reflorestar tem um papel significativo para a manutenção da cobertura florestal no Estado. “É um programa referendado por organismos ambientais internacionais e nacionais, que vê no Reflorestar uma oportunidade de colocar a sustentabilidade em lugar de destaque e de efetiva atuação”, disse. Isso porque, complementou Machado, há preservação e também uma mudança na postura e na prática dos produtores rurais, ao enxergarem na floresta que está inserida em suas propriedades uma fonte de renda vinculada a esta preservação. “O objetivo é expandir ainda mais o programa, que, durante estes 10 anos, já alcançou 74 dos 78 municípios capixabas”, destacou o secretário Fabricio Machado.
Confira as modalidades ofertadas pelo Reflorestar:
• Floresta em Pé: pagamento por florestas conservadas até dez hectares por propriedade rural;
• Restauração por meio da condução da regeneração natural: repasse de recursos financeiros para a aquisição de insumos necessários à recuperação natural;
• Restauração por meio do plantio de essências nativas: repasse de recursos financeiros para a aquisição de insumos necessários ao plantio de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica; apoio técnico e reconhecimento aos serviços ambientais gerados;
• Sistemas agroflorestais: repasse de recursos financeiros para a aquisição de insumos para sistemas que combinam espécies florestais com culturas agrícolas, como café, cacau, palmito, banana, entre outras, e apoio técnico;
• Sistemas silvipastoris: repasse de recursos financeiros para a aquisição de insumos para a implementação de sistemas que combinam árvores com pastagens e apoio técnico;
• Floresta manejada: repasse de recursos financeiros para a implementação de manejo e culturas florestais e apoio técnico.
Fonte: programa Reflorestar.