No mês de conscientização sobre a doação de órgãos e tecidos, o ‘Setembro Verde’ surge em alusão ao Dia Nacional do Doador de Órgãos, comemorado no dia 27 de setembro
Por Paula Bourguignon
A campanha tem como objetivo chamar atenção para um diálogo franco e aberto entre o doador e a sua família, para que manifeste de forma clara a sua vontade de doar seus órgãos.
A cor verde foi escolhida por representar a esperança e se tornou símbolo mundial da doação de órgãos.
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O médico Diretor de Mercado da Unimed Vitória e Coordenador do Programa de Transplantes do Hospital Meridional, Gustavo Peixoto explicou sobre a importância da doação de órgãos.
Qual a importância do ‘Setembro Verde’?
Escolhemos setembro como mês para a doação de órgãos porque percebemos que este mês é um dos meses que têm mais baixa de capacitação de órgãos para transplante.
Além disso, precisamos que o poder público ofereça uma infraestrutura melhor, maior e mais adequada para quem quer fazer a doação.
Quais são os órgãos que podem ser doados após a morte?
São aqueles que são retirados com perfusão sanguínea do paciente, ou seja, com morte encefálica. Então, as ações têm que acontecer de forma rápida. O transplante de um coração deve acontecer em até quatro horas. De fígado, em 8 horas. De pulmão, deve ser realizado dentro de quatro horas, e o de rim, em até 24 horas. No caso das córneas, podem ser transplantadas em até 14 dias.
Órgãos: rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino.
Tecidos: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, veias e artérias.
O que a pessoa precisa para doar em vida?
A pessoa maior de idade e capaz juridicamente pode doar órgãos a seus familiares. No caso de doador vivo não aparentado é exigida autorização judicial prévia.
Quais órgãos/tecidos podem ser obtidos de um doador vivo?
Um dos rins, parte do fígado, parte da medula e parte dos pulmões.
Qual o número de pessoas na fila de espera por doação?
Atualmente, temos 690 pessoas aguardando o transplante de córnea. Temos quase 2 mil pessoas na fila de espera por doação de órgãos. Somente rim temos mais mil pessoas. Fora os de fígado, coração, pulmão e outros órgãos e tecidos.
O que cresceu foi a fila de espera por um órgão. Cresceu 27% no Brasil, entre 2019 a 2022.