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domingo, 28 abril, 2024

2023, um ano especial para os escritores capixabas

Por Manoel Goes

Vivemos, em 2023, bons tempos na produção literária e nas vendas de livros, aqui no Espirito Santo e em todo o país, após mais de seis anos de grandes dificuldades. O sucesso da 40ª Bienal Internacional do Livro realizada recentemente no Rio de Janeiro traduziu-se em expressivos números: mais de 600 mil visitantes e quase seis milhões de livros vendidos, recorde absoluto de vendas, com média de nove livros por pessoa. Foram mais de trezentas atrações nacionais e internacionais, quase 500 editoras, selos e distribuidoras, além de uma grande diversidade de títulos.

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Devido ao sucesso em todas essas quatro décadas, a Bienal do Livro passa a ser Patrimônio Cultural do Livro do Rio de Janeiro. Com certeza foi a maior bienal de todos os tempos, marcada pela união de diferentes mídias para contar histórias, e todos esses novos formatos convergem em narrativas que se cruzam entre livro, audiovisual e teatro.

Chegamos a 2023 com um importante reconhecimento mundial: o Rio de Janeiro será, em 2025, a Capital Mundial do Livro. Pela primeira vez uma cidade de língua portuguesa (lusófona) receberá esse importante título mundial e assumirá esse papel, a partir de 23 de abril de 2025.

Dedicado a toda a indústria livreira do Brasil, esse título, concedido pela Unesco e por grandes representantes da indústria editorial mundial, contempla uma cidade a partir do reconhecimento da qualidade dos programas de promoção do incentivo à leitura e dos livros. Hoje a Capital Mundial do Livro é Estrasburgo, uma comuna na França. O objetivo de se escolher anualmente a Capital Mundial do Livro é fortalecer e democratizar o acesso à leitura, com foco especial em jovens e em comunidades mais vulneráveis, com desenvolvimento de programas e atividades que promovam o livro e a leitura.

Aqui no nosso estado estamos vivenciando uma grande produção literária, com muitos salões e feiras muito bem organizadas que têm obtido grande sucesso. Finalizando um excelente ano literário, tão produtivo, tivemos em novembro a FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty, na sua 21ª edição, apresentando novas possibilidades de ocupação dos espaços públicos, com cultura e educação, impulsionando mecanismos de troca entre aqueles que por lá passaram.

A premiada editora capixaba independente Cousa, de Saulo Ribeiro, esteve mais uma vez presente na FLIP, juntamente com mais cinco outras editoras independentes de São Paulo. A editora capixaba também teve, não pela primeira vez, uma obra do seu catálogo indicada ao Jabuti, a principal premiação literária do Brasil, com Guia Anônima, de Junia Zaidan, na categoria melhor livro de contos. Em 2021 a Cousa conquistou o Prêmio Jabuti de Crônica com a obra “Histórias ao Redor”, de Flávio Carneiro, mostrando a potência, a qualidade e o destaque da literatura contemporânea brasileira produzida no Espirito Santo. O ano de 2024 promete para nossos literatos!

Manoel Goes é escritor e produtor cultural.

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