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segunda-feira, 6 maio, 2024

Primeiro mês de Garcia em Brasília tem prova de fogo com fuga de presidiários no RN

Novo secretário de Políticas Penais, André Garcia participa da operação que busca recapturar fugitivos de presídio federal de segurança máxima

Por Robson Maia

No fim do mês de janeiro, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), anunciava a saída do então secretário de Estado da Justiça, André Garcia, que teria como destino um cargo no Governo Federal. Passados pouco mais de um mês após a saída do cargo estadual, Garcia vivencia o primeiro grande desafio na esfera federal, na missão de recaptura dos presos que fugiram em um presídio de segurança máxima no Rio Grande do Norte.

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O convite para Garcia integrar a equipe do Governo Federal partiu do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e agora ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Ele assumiu como secretário nacional de Políticas Penais. Rapidamente, Casagrande anunciou o policial federal Rafael Pacheco como substituto para chefiar a Secretaria de Justiça (Sejus).

Com menos de uma semana após ser nomeado oficialmente para o cargo na Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça, Garcia experimentou um grande desafio: a fuga de dois detentos de um presídio federal de segurança máxima localizado em Mossoró, no Rio Grande do Norte. Os criminosos, identificados como Deibson Cabral Nascimento, o Deisinho, e Rogério da Silva Mendonça, o Tatu, são pertencentes à facção Comando Vermelho.

Até então, desde que foram implementados as unidades federais de segurança máxima, ainda em 2006, nenhuma fuga havia sido registrada. Atualmente, o Brasil possui outras quatro unidades deste modelo no país, estando localizadas em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e na capital federal, em Brasília (DF).

Garcia foi enviado pelo ministro da Justiça para acompanhar o caso de perto no Rio Grande do Norte. A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) afastou, de imediato, três servidores que atuavam no presídio federal de Mossoró. Os funcionários eram os responsáveis pelas áreas de inteligência, segurança e administração do presídio.

As buscas pelos presos seguem acontecendo no Rio Grande do Norte. Em duas semanas, cinco pessoas foram presas por ligação com a fuga. Em 21 e 22 de fevereiro, a Polícia Federal prendeu três suspeitos de terem ajudado os criminosos.

De acordo com a investigação, o primeiro foi preso no dia 21, quando chegava em casa em Mossoró. Contra ele havia um mandado de prisão preventiva emitido pela Justiça. Outros dois foram presos em flagrante, no dia 22, com armas e drogas, também em Mossoró. Na ação, os policiais também apreenderam um carro, que seria periciado.

Na manhã do dia 23, em Rio Branco, no Acre, o irmão de um dos fugitivos da penitenciária foi preso. O homem, que não teve a identidade revelada, tinha um mandado de prisão em aberto contra ele. Ele é condenado por roubo e por participação em organização criminosa.

Os policiais da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Acre chegaram até ele em virtude das investigações contra o seu irmão, um dos criminosos que fugiu de Mossoró, mas o motivo da prisão não foi informado.

E o quinto preso foi o dono do sítio que teria abrigado os dois fugitivos durante a fuga. Apesar de ter negado a participação no crime e afirmar que foi feito refém pela dupla, a Polícia Federal constatou o depósito de R$ 5 mil na conta do proprietário do local.

Na última terça-feira (27), Garcia se reuniu com senadores membros da Comissão de Segurança Pública do Senado a portas fechadas. Na ocasião, o secretário de Políticas Penais debateu a situação dos cinco presídios federais de segurança máxima e detalhou parte as ações para recaptura dos fugitivos.

André Garcia já experimentou um cenário de crise num passado recente. Em 2017, ele chefiava a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo durante a greve dos policiais militares. No período, foram registrados mais de 200 assassinatos.

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