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quarta-feira, 15 DE janeiro DE 2025

Vem aí 2025, o Ano Internacional das Cooperativas

As cooperativas estão presentes em diversos ramos da economia e estão preparadas para ajudar a construir um futuro melhor para todos

Por Carlos André Santos de Oliveira

O cooperativismo gera transformações econômicas e sociais em todo o mundo. De acordo com a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), existem 3 milhões de cooperativas espalhadas pelo globo, que reúnem 1 bilhão de cooperados e geram 280 milhões de empregos. É curioso pensar que, se as 300 maiores cooperativas fossem um país, elas seriam a oitava maior economia do mundo, faturando R$ 2,4 trilhões.

Devido à proeminência desse modelo de negócio em âmbito internacional e aos benefícios que ele gera para a sociedade, por meio de uma gestão descentralizada e que prioriza o benefício coletivo, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas.

O anúncio oficial foi feito no dia 25 de novembro deste ano, em Nova Delhi, capital da Índia, durante a Conferência Cooperativa Global da ACI. O tema escolhido para marcar o ano é “Cooperativas constroem um mundo melhor”, um reconhecimento ao efeito transformador da atuação das cooperativas, responsáveis por gerar postos de trabalho, renda, inclusão e dignidade em diversos segmentos da economia.

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A marca desenhada para representar visualmente o ano mostra pessoas conectadas formando a letra “C”, simbolizando o maior diferencial das cooperativas: a união em prol do avanço coletivo. Essa é a maior herança que o cooperativismo preserva desde quando esse movimento começou a ganhar terreno, ainda no século XIX.

A decisão da ONU é uma oportunidade de divulgar com ainda mais intensidade os benefícios que as cooperativas proporcionam, como o fomento à economia local, a implementação de práticas sustentáveis, o recolhimento de tributos para os cofres públicos e a democratização do acesso ao mercado e à educação, para citar alguns.

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Com mudanças cada vez mais velozes no mercado, essas vantagens reforçam que o cooperativismo é um modelo de negócio eficiente e viável para minimizar desafios globais. Ao promoverem uma distribuição mais justa de riquezas e reinvestiram os lucros nos próprios cooperados e nas comunidades em que atuam, as cooperativas combatem a desigualdade econômica e a formação de monopólios.

Outras preocupações que assolam as pessoas e organizações que buscam um futuro mais próspero para a humanidade são a insegurança alimentar e as mudanças climáticas. As cooperativas agropecuárias, por exemplo, são uma ótima alternativa para amenizar esses problemas, pois oferecem oportunidades e apoio aos pequenos e médios produtores, incentivam e adotam práticas de cultivo mais sustentáveis, praticam preços justos e abastecem tanto o mercado interno quanto o externo.

As cooperativas também contribuem com a redução da exclusão financeira, do desemprego, do trabalho precário, da urbanização desordenada e da falta de acesso à educação de qualidade. Afinal, as cooperativas estão presentes em diversos ramos da economia e espalhadas pelo mundo todo. Por isso, elas estão muito mais que preparadas para ajudar a construir um futuro melhor para todos.

Carlos André Santos de Oliveira é diretor-executivo do Sistema OCB/ES e vice-presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/ES

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