A varíola dos macacos é uma doença viral de caráter zoonótico e infecciosa que acomete animais, mas pode ser transmitida para humanos
Por Wesley Ribeiro
No Espírito Santo, até a última sexta-feira, 22 de julho de 2022, dois casos positivos da varíola dos macacos foram confirmados, e dois novos casos suspeitos estão sob investigação. No Brasil, segundo boletim recente, divulgado pelo Ministério da Saúde (MS), somam-se mais de 600 casos confirmados.
Em virtude do cenário epidemiológico da doença no território brasileiro, a Secretaria da Saúde (Sesa) aponta uma série de cuidados importantes para prevenção relacionados à varíola dos macacos. Continue lendo e descubra o que se pode fazer para evitar a doença.
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Os casos confirmados no Brasil têm apresentado características leves. Entretanto, mesmo nessas situações, o isolamento do paciente se faz necessário e se caracteriza como uma das medidas mais importantes para se evitar a transmissão do vírus.
Por falar em transmissão, ela pode acontecer por contato direto com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.
Além do isolamento tanto para casos leves, feito no domicílio, quanto para casos mais graves, feito em hospitais, têm-se também como medidas:
- Evitar contato próximo com casos suspeitos e/ou confirmados, como toques e beijos, especialmente daqueles que estejam com sintomas visíveis;
- Manter superfícies limpas;
- Higienização constante das mãos;
- Uso de máscara caso for preciso estar próximo de casos suspeitos e/ou confirmados, como utilizar o mesmo cômodo;
O que mais precisa saber
Estudos recentes apontam que o período de incubação, contado desde a exposição ao vírus até o primeiro sintoma, varia de cinco a 21 dias, sendo que a transmissão ocorre desde o início dos sintomas.
É importante que a população fique atenta aos primeiros sintomas. Eles incluem febre, dor de garganta, de cabeça e no corpo, além de inchaço dos gânglios, que podem evoluir, dias depois, para o surgimento de lesões na pele com pequenas erupções.
Tais erupções podem se espalhar pelos dedos, mãos, braços, pescoço, costas, peito e pernas.
Atualmente, seguindo determinações técnicas do Ministério da Saúde, são considerados casos suspeitos aqueles que apresentam os sintomas mencionados e com vínculos de:
- Histórico de contato íntimo com desconhecido/a(s) e/ou parceiro/a(s) casual(is), nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas ou;
- Ter vínculo epidemiológico com casos confirmados de monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas ou;
- Histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados de monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas ou;
- Ter vínculo epidemiológico com pessoas com histórico de viagem a país endêmico ou país com casos confirmados de monkeypox, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas.
Ao surgimento desses sintomas e se enquadrando nos vínculos definidos pelo órgão federal, a pessoa deve procurar uma Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência para atendimento, notificação e investigação do caso.
Com informações da secretaria de Estado de Saúde (Sesa).