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quinta-feira, 2 maio, 2024

Vale inicia testes com briquete de minério de ferro

Produto desenvolvido pela empresa pode reduzir em até 10% as emissões de gases

 Por Anderson Neto

A Vale iniciou os testes com carga da primeira planta de briquete de minério de ferro, na Unidade Tubarão, em Vitória. O produto vai contribuir para reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE) da indústria siderúrgica, apoiando a luta do planeta contra as mudanças climáticas. Os testes com carga fazem parte do comissionamento da planta e são uma das últimas etapas antes do início da produção.

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“Este é um momento histórico para a siderurgia”, explica o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo. “Depois de vários anos de desenvolvimento no Brasil, estamos oferecendo um produto inovador que vai apoiar nossos clientes no desafio de promover a descarbonização de suas operações, atendendo às demandas da sociedade na luta contra as mudanças climáticas”.

O briquete vem se somar às pelotas no portfólio de produtos de alta qualidade da Vale. A expectativa da empresa é expandir sua capacidade produtiva para 100 milhões de toneladas por ano de briquetes e pelotas após 2030.

O briquete é produzido a partir da aglomeração a baixas temperaturas de minério de ferro de alta qualidade utilizando uma solução tecnológica de aglomerantes, que confere elevada resistência mecânica ao produto final. O investimento no projeto foi de R$ 1,2 bilhão e gerou 2.300 empregos durante as obras.

Emissão de gases

Anunciado pela Vale em 2021, o briquete tem capacidade de reduzir em até 10% a emissão de GEE na produção de aço em relação ao processo tradicional no alto-forno. Isso porque ele elimina a etapa da sinterização, intensiva em carbono. Essa redução é relevante quando se leva em conta que a siderurgia é responsável por cerca de 8% das emissões do mundo.

O produto reduz ainda a emissão de particulados e de gases como dióxido de enxofre e o óxido de nitrogênio, além de dispensar o uso da água na sua fabricação. O briquete também pode ser utilizado na rota de redução direta, substituindo a pelota.

O início da primeira planta de briquete em Tubarão está previsto para ocorrer ainda este ano. Já o da segunda planta deve ter início em 2024. As duas unidades terão capacidade para produzir 6 milhões de toneladas por ano de briquete e são oriundas da conversão das usinas 1 e 2 de pelotização.

O briquete começou a ser desenvolvido pela Vale há cerca de 20 anos no Centro Tecnológico de Ferrosos (CTF), em Nova Lima (MG). Ele faz parte da linha de evolução dos produtos de minério de ferro oferecidos pela empresa ao longo de sua história, resultado de investimentos expressivos em pesquisa e inovação.

Até os anos 1960, o produto básico era o granulado de alto teor de ferro, o “lump”. Com a queda da oferta do “lump”, foram implantadas as primeiras usinas de pelotização no Brasil, que permitiram o aproveitamento do minério fino (pellet feed) e seguem sendo importantes para a cadeia siderúrgica.

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