A tragédia ainda contabiliza mais de 2.059 feridos, sendo 1.404 em estado crítico. Impacto foi equivalente a 32 bombas atômicas lançadas em Hiroshima.
Por Cristiano Stefenoni
Passa de 2 mil o número de mortos pelo terremoto de magnitude 6,8, que atingiu a região central do Marrocos, na noite desta sexta-feira (08). A tragédia ainda contabiliza mais de 2.059 feridos, sendo 1.404 em estado crítico, segundo dados do governo marroquino. Mas esses números podem ser bem maiores, visto que ainda há muitos desaparecidos.
Foram apenas 15 segundos, mas o suficiente para causar um estrago de proporções gigantescas. O impacto do terremoto foi equivalente a 32 bombas atômicas lançadas em Hiroshima, no Japão, segundo analisou George de França, professor do Centro de Sismologia da USP, em entrevista ao Poder360.
Para efeito de comparação, o atual terremoto teve seu epicentro na Cordilheira do Atlas, a cerca de 70 km de Marrakech, e marcou 6,8 pontos na escala Richter, que vai até 8. Esse é o segundo maior já sentido no país, visto que o primeiro foi em 1969, chegando a 7,8 na mesma escala, mas que teve 13 mortos, um número bem inferior ao cenário deste tremor. O abalo sísmico pode ser sentido em países africanos vizinhos e no sul da Europa.
Muitas vítimas estão na cidade histórica e turística de Marrakech. Outras cinco localidades também foram afetadas: Al-Haouz, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant.
De acordo com o Itamaraty, em nota divulgada neste sábado (09), não há notícias de brasileiros entre as vítimas. A Embaixada do Brasil, na capital Rabat, também informou que acompanha com atenção os desdobramentos do terremoto.