Catarinense Dirce Rogerio, detida por suspeita de participar dos ataques do 8 de janeiro, teve a prisão revogada por Alexandre de Moraes; Magno Malta se encontrou com Dirce após soltura
Por Robson Maia
A catarinense Dirce Rogerio, última manifestante presa pelos atos de 8 de janeiro teve a prisão revogada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O magistrado determinou que a mulher de 55 anos use tornozeleira eletrônica e proibiu que ela saia de casa durante o período da noite.
A liberação da catarinense aconteceu na última sexta-feira (1) e foi comemorada por parlamentares da ala conservadora, dentre eles o senador capixaba Magno Malta (PL-ES). Em mensagem nas redes sociais, Malta publicou uma mensagem de apoio a Dirce junto a um versículo bíblico.
“Às vezes, a vida nos coloca à prova, mas devemos sempre buscar forças Naquele que nos fez a promessa. Ele é como um farol constante que ilumina nosso caminho e nunca nos abandona, mesmo nos momentos mais difíceis. ‘Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.’ – Provérbios 3:5-6”, escreveu o senador.
Na decisão de Moraes, ficou determinado o recolhimento do passaporte da investigada, além da proibição de viagens ao exterior e de se comunicar com outros investigados.
Dirce ainda é ré e responderá no STF por diversos crimes, como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado. Ainda não há definição de data para o julgamento.
Nas imagens obtidas pelo STF nas investigações dos atos de 8 de janeiro, Dirce é flagrada como uma das invasoras da sede dos Três Poderes, em Brasília (DF). Na ocasião, diversos manifestantes promoveram a depredação do local, sendo identificados pela Polícia Federal e, posteriormente, detidos a mando de Moraes.
De acordo com Ezequiel Silveira, advogado da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de janeiro (ASFAV), 49 homens que foram detidos nos dias 8 e 9 de janeiro continuam presos. Esse número, porém, não inclui pessoas presas posteriormente na Operação Lesa Pátria, que investiga os atos.