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sábado, 27 abril, 2024

Steak tartare: Um sabor além da carne crua

A explosão de sabores, do frescor, texturas diferentes da carne com um toque de acidez, combinadas com o clima brasileiro se tornou uma das melhores experiências gastronômicas

Por Ivi Rafaela

Há quem diga que o Steak Tartare nasceu na Alemanha e ganhou fama na culinária francesa, outros que a sua origem é relacionada aos tártaros, povos bárbaros que habitaram a Europa Oriental. Ou ainda que a iguaria de carne teria aparecido na Europa Central em viagem de Átila, o Huno, da Muralha da China à região onde justamente hoje ficam França e Alemanha. A versão conhecida como steak à la tartare, foi publicada pela primeira vez em um livro de receitas em 1921 na edição do Le Guide Culinaire do legendário chef de cozinha francês Auguste Escoffier. Posteriormente o nome foi simplificado para Steak Tartare.

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Independente da origem, o steak tartare não só caiu nas graças dos europeus, como de todo o mundo, inclusive há versões que a receita é uma evolução do Hamburg Steak, prato popular em restaurantes de Nova York no final do século 19. O prato é encontrado em menus dos restaurantes mais refinados do mundo todo, inclusive no Brasil. Mas, foi após um programa televisivo de competição culinária que ele ficou famoso por aqui. E a explosão de sabores, do frescor, texturas diferentes com um toque de acidez, combinadas
com o clima brasileiro se tornou uma das melhores experiências gastronômicas.

O preparo tradicional da iguaria consiste em carne crua cortada em minúsculos pedacinhos regados de muitos temperos como sal, pimenta do reino, cebola, azeite, salsas picadas, picles, alcaparras, sendo muito comum acrescentar ovo cru na finalização.

Apesar do prato ser um clássico, ele não precisa ser igual em todos os detalhes, afinal, a criatividade de cada Chef em dar o toque especial na escolha dos ingredientes e no momento da montagem do Steak Tartare faz a diferença, tornando a experiência única em cada restaurante.

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Para o chef Harum Katharian clássico é clássico e merece respeito – Foto: Reprodução

Para o chef Harum Katharian, que atuou por quatro anos no Tartar & Co, do Erick Jacquin, um dos chefs franceses mais famosos no Brasil, o segredo de um bom steak tartare está na escolha dos ingredientes frescos e de qualidade “A carne não precisa ser cara, pode optar por patinho desde que esteja bem fresca, um bom picles e uma boa alcaparra. O segredo está em harmonizar e manter ele equilibrado”, explica.

E esta mistura de sabores e sensações é um segredo do sucesso do prato. “O Stake Tartare é um clássico, com algumas variações, e isso é legal. Parece ser simples de fazer mas é muito complicado. Acertar a quantidade certa dos ingredientes, que são muitos para conseguir deixar o prato leve e harmonizado, nada sobressaindo um sobre o outro. Além do frescor dos ingredientes, um sabor forte e também ao mesmo tempo leve e agradável é o que torna ele um sucesso. E a gente tem sempre que respeitar o que é clássico.”

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