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quinta-feira, 2 maio, 2024

A Fundação W.K. Kellogg anuncia cinco vencedores da promoção da equidade racial global

O Desafio de Equidade Racial 2030 lançará soluções ousadas para melhorar a vida de crianças, famílias e comunidades no mundo todo

A Fundação W.K. Kellogg (WKKF) anunciou, hoje, os cinco vencedores do Desafio de Equidade Racial 2030, um concurso lançado para escolher soluções ousadas que promovam um futuro equitativo para crianças, famílias e comunidades no mundo inteiro. Nos próximos oito anos, a WKKF fará um aporte total de US$ 80 milhões para apoiar o desenvolvimento e a implementação de ideias capazes de promover mudanças transformadoras nos sistemas e instituições que mantêm as desigualdades raciais.

“O trabalho ousado proposto por cada um dos vencedores me enche de esperança de que, juntos, podemos combater as raízes da desigualdade em nossas comunidades e construir um futuro no qual todas as crianças possam se desenvolver plenamente”, explica La June Montgomery Tabron, Presidente e CEO da WKKF. “Mas essa mudança não irá acontecer a menos que se tome a inciativa, e acredito que devemos agir agora. Estou empolgada em formar parcerias com essas equipes para lidar com o racismo em suas respectivas comunidades e apoiar mudanças sistêmicas no mundo todo”.

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O desafio foi anunciado em 2020, durante o 90º aniversário da Fundação W.K. Kellogg, e recebeu 1.453 inscrições de 72 países. Em setembro de 2021, a Fundação W.K. Kellogg anunciou os 10 finalistas do desafio; cada um deles recebeu uma verba de planejamento de US$ 1 milhão e apoio à capacitação por um período de 9 meses, incluindo a assessoria do Grupo Dalberg, a fim de que pudessem aprofundar o desenvolvimento de seu projeto e, assim, aumentar as chances de vitória.

Os cinco vencedores anunciados hoje estão promovendo a equidade racial com abordagens diferenciadas, por exemplo, através da transformação de sistemas educacionais, da cura de comunidades e da capacitação de indígenas historicamente marginalizados. São eles:

Projeto SETA:

Sistemas educacionais antirracistas transformadores no Brasil: No Brasil, onde a maioria da população se identifica como negra ou mestiça, o racismo sistêmico persiste. Uma coalizão de organizações acredita que, embora as escolas perpetuem o problema, também podem liderar sua erradicação. ActionAid, Campanha Nacional pelo Direito à Educação, CONAQ, UneAFRO Brasil, Geledés, Makira-E’ta e Ação Educativa trabalharão em conjunto para transformar a rede de escolas públicas brasileiras no primeiro sistema educacional antirracista do mundo, aproveitando o potencial da juventude, da educação e dos movimentos negros, e iniciando um processo de cura nacional. Em âmbito internacional, a ActionAid e o Centro de Pesquisas Comparativas e Internacionais em Educação da Universidade de Bristol irão mobilizar uma rede mundial para promover a equidade racial como prioridade na educação global.

Curando através da justiça: uma estratégia comunitária inovadora para comunidades focadas na cura em Illinois, EUA: Para muitos jovens negros e pardos em Chicago, o racismo sistêmico tem um impacto profundo em sua saúde mental, bem como no bem-estar de suas comunidades. A Communities United e o Ann & Robert H. Lurie Children’s Hospital de Chicago irão trabalhar na ampliação do “Healing through Justice” (“Curando através da Justiça”, em tradução livre para o português), um movimento liderado por jovens com o propósito de promover a cura nas comunidades locais através de envolvimento dos membros dessas comunidades, treinamento em liderança e defesa de direitos, e desenvolvimento de estratégias para mudanças no sistema de saúde.

Iniciativa em defesa das terras indígenas: garantindo direitos de propriedade da terra a comunidades indígenas no México e nas Américas Central e do Sul: A capacidade dos povos indígenas de usar e proteger suas terras está ameaçada em todas as Américas, devido aos atos nocivos de grileiros, garimpeiros, traficantes de drogas e pessoas com interesses comerciais, e ao fracasso dos governos em garantir a proteção dos direitos dos povos indígenas O Indian Law Resource Center, a Associação Interétnica para o Desenvolvimento da Floresta Tropical Peruana e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira irão fundar uma instituição permanente liderada por indígenas com o objetivo de fornecer assistência técnica e jurídica essencial para ajudar os povos indígenas a garantir a propriedade de suas terras e acelerar e melhorar os processos de titulação de terras indígenas no México e nas Américas Central e do Sul.

Superando o racismo ambiental através de conhecimento, aplicação e estruturação das leis no Quênia, Serra Leoa e Estados Unidos: No mundo inteiro, comunidades negras e pardas marginalizadas sofrem, de forma desproporcional, os impactos das mudanças climáticas e outros danos ambientais. No entanto, têm pouca influência na elaboração e implementação das leis ambientais que mais as afetam. A Namati e seus parceiros irão equipar às comunidades da linha de frente com o poder da lei para que possam proteger o próprio bem-estar e, assim, tornar os sistemas de governança ambiental mais justos. Em nível global, a Namati e os membros da Legal Empowerment Network irão lançar uma campanha internacional de defesa de políticas e alavancar o aprendizado transfronteiriço sobre justiça ambiental de base.

Kawailoa: modelo indígena transformador para acabar com o encarceramento de jovens no Havaí e em outros lugares: No Havaí, jovens havaianos e de outras nacionalidades das ilhas do Pacífico são representados de forma desproporcional no sistema de justiça juvenil. Trata-se de uma população vulnerável que se depara com contratempos que sinalizam falhas sistêmicas e desafios geracionais, incluindo acolhimento familiar, uso de entorpecentes, tráfico de seres humanos e perda de entes queridos. A organização Opportunity Youth Action Hawaii, que representa entidades comunitárias e estatais (Partners in Development Foundation e seus programas e serviços: Fazenda Kupa Aina, Kinai Eha, Hale Laniplua, Residential Youth Services & Empowerment, a instituição correcional Hawaii Youth e a escola Olomana) no Kawailoa Youth and Family Wellness Center, está empenhada em substituir o encarceramento de jovens por um sistema restaurativo havaiano de capacitação comunitária, treinamento de jovens curandeiros e transferência de recursos para santuários de apoio baseados na cultura e voltados para a comunidade.

O Desafio de Equidade Racial 2030 foi gerenciado em parceria com a Lever for Change, uma organização afiliada sem fins lucrativos da John D. and Catherine T. MacArthur Foundation que conecta financiadores com soluções ousadas para os maiores problemas do mundo, incluindo questões como desigualdade racial, desigualdade de gênero, falta de acesso a oportunidades econômicas e mudanças climáticas.

“Estamos animados com a ambição e criatividade dos projetos propostos por essas equipes”, enfatiza Cecilia Conrad, CEO da Lever for Change “Convidamos outros parceiros nos setores filantrópico, público e privado para unirmos forças a fim de financiar os vencedores e outras organizações de destaque que participaram do Desafio de Equidade Racial 2030, com o intuito de questionar e transformar os sistemas e instituições que defendem a desigualdade mundo afora. Temos, agora, uma oportunidade de criar um impacto positivo que pode se propagar em toda a nossa comunidade global para que seja vivenciado nos próximos anos”.

Para mais informações a respeito do Desafio de Equidade Racial 2030, os premiados e os finalistas, acesse o site wkkf.org/re2030.

Fundação W.K. Kellogg

A Fundação W.K. Kellogg, que surgiu em 1930 como uma organização privada e independente criada pelo empresário e fabricante inovador de cereais matinais Will Keith Kellogg, está entre as maiores fundações filantrópicas dos Estados Unidos. Com base na crença de que todas as crianças devem ter oportunidades iguais de desenvolvimento, a WKKF trabalha junto às comunidades criando condições para que crianças vulneráveis possam atingir seu potencial pleno na escola, no trabalho e na vida.

A Fundação Kellogg está sediada em Battle Creek, no estado do Michigan, e funciona em todo o território norte-americano e também em outros países, bem como em tribos soberanas. Atua, em especial, em localidades prioritárias onde há altas concentrações de pobreza e onde as crianças enfrentam obstáculos significativos ao desenvolvimento. As localidades prioritárias para a WKKF são Michigan, Mississippi, Novo México e Nova Orleans, nos Estados Unidos, e internacionalmente, o México e o Haiti. Para saber mais sobre a WKKF, acesse o site www wkkf.org ou siga o perfil da fundação no Twitter: @wk_kellogg_fdn.

Lever for Change

A Lever for Change conecta financiadores com soluções ousadas para os maiores problemas do mundo, incluindo questões como desigualdade racial, desigualdade de gênero, falta de acesso a oportunidades econômicas e mudanças climáticas. Usando um modelo inclusivo e equitativo e um processo de auditoria legal (“due diligence”), a Lever for Change cria desafios customizados e outras oportunidades personalizadas de financiamento. As equipes mais bem classificadas e os finalistas do desafio tornam-se membros da Bold Solutions Network, uma rede global em crescimento que ajuda a garantir financiamento adicional, ampliar o impacto dos membros e acelerar as mudanças sociais. Fundada em 2019 como uma afiliada sem fins lucrativos da John D. and Catherine T. MacArthur Foundation, a Lever for Change arrecadou mais de US$ 1 bilhão em doações até o momento e forneceu suporte a mais de 145 organizações. Para mais informações, acesse: www.leverforchange.org.

Com informações de Agência Estado e W.K. Kellogg Foundation

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