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sábado, 27 abril, 2024

Setor de celulose e papel cresce 17,3% no ES

O setor de celulose e papel puxou o desempenho da produção industrial nos primeiros oito meses do ano

Por Amanda Amaral 

Os setores de papel e celulose e o de fabricação de alimentos, impulsionaram a economia com o crescimento de 17,3% e 5,3%, respectivamente, na comparação entre os meses de janeiro e agosto deste ano com o mesmo período de 2021.

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Os dados são da Produção Industrial Regional (PIM-PF), divulgada esta semana pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) e copilada pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).

Indústria de transformação

A performance da indústria capixaba de transformação, que em 2022 cresceu nos oito primeiros meses 3,4% bem acima da média nacional (-1%), também dá destaque a metalurgia, que teve alta no acumulado de 2022 (2%).

A presidente da Findes, Cris Samorini, explica que, nos últimos meses, a produção industrial tem sido beneficiada pela redução dos gargalos logísticos e pela melhora do suprimento de insumos no país.

“Além disso, a demanda interna por produtos industrializados também tem sido influenciada positivamente pela geração de empregos formais e pelas medidas governamentais de estímulo fiscal adotadas pelo governo federal”, afirma.

Indústria extrativa

Setor de celulose e papel cresce 17,3% no ES
A presidente da Findes, Cris Samorini, comenta sobre a produção industrial em 2022. Foto: Divulgação/Findes

No entanto, o baixo desempenho da indústria extrativa (-18,2%) contribuiu para que, de janeiro a agosto deste ano, a indústria geral do Espírito Santo recuasse 3,7%. A retração é superior à registrada pelo setor em nível nacional (-1,3%).

A gerente-executiva do Observatório da Indústria e economista-chefe da Findes, Marília Silva, complementa que o aperto da política monetária, o alto endividamento das famílias e a perda de dinamismo da indústria de base no país têm sido negativo para o desempenho da indústria geral nacional e capixaba.

“O resultado da indústria geral do Espírito Santo, em todas as bases de comparação, foi impactado pela desaceleração na atividade econômica mundial neste ano, que devido ao quadro de elevada inflação e da política monetária contracionista, está desencadeando em uma redução de demanda global por insumos industriais e, consequentemente, das commodities energéticas e metálicas”, lembra.

Variação mensal

Variação mensal, entre agosto e julho, a indústria nacional caiu -0,6%, enquanto a capixaba teve recuo de 3,9%. A indústria extrativa teve resultado positivo, avançando 2%. Já a indústria de transformação retraiu 1,7%, puxada pela menor produção de produtos alimentícios (-7,2%), celulose, papel e produtos de papel (-6,6%) e metalurgia (-0,8%).

“Vale ressaltar que a metalurgia foi impactada pela menor demanda mundial de aço em função da queda da atividade econômica global e da crise imobiliária na China. Diante desse cenário, há uma menor utilização das plantas siderúrgicas pelo mundo”, comenta Marília.

Com informações da Findes. 

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