1200 empresas foram abertas em 1 ano. Estado tem mais de 20 mil estabelecimentos.
Por Gustavo Costa
Um segmento que sempre gera oportunidades, o ramo de beleza se destacou em 2023 no Espírito Santo. Em 12 meses 1200 empresas do setor foram abertas no Estado, segundo dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES).
Mais de 20 mil salões, estúdios e institutos de beleza estão em funcionamento no Estado, de acordo com informação do Sindicato Patronal dos Salões de Cabelereiros do Espírito Santo (Sindibel). O presidente do sindicato, Adelmo Camilo Pereira, acredita que fatores como a Lei do Salão Parceiro, na qual o profissional deixa de ser empregado para ser um parceiro da empresa onde trabalha, contribuiu muito não apenas para a abertura, mas consolidação dos negócios na área. “Muitas coisas ficaram melhores para os dois lados. O salão deixa de ter tantos encargos com trabalhadores, passando a ter o cabeleireiro como um prestador de serviços. E o profissional não precisa ficar preso a um salário fixo, pode ganhar muito mais”, falou ele.
E foi aliás com a criação da Lei do Salão Parceiro que deu o empurrão decisivo para que a empresária Fabiana Battista tirasse do papel o seu sonho de abrir um estúdio de beleza, em Vitória. Filha de cabeleireira, Battista divide hoje o seu dia entre a jornada de engenheira, sua área de formação, e proprietária do estúdio de beleza, que abriu portas para cabeleireiras, manicures, massagistas e depiladoras. “É um ramo com muitos desafios, mas o retorno pode ser rápido. Para isso é bom contar com profissionais bem preparados e foco total no atendimento. Cliente que gosta, volta. Cliente que volta, fecha agenda. E agenda cheia gera dinheiro para o salão e seus profissionais. Todos ganham”, frisou.
Para o analista do Sebrae-ES Natan Sarria, por não demandar curso superior, o ramo da beleza facilita a entrada de profissionais no mercado e consequentemente, novas empresas sendo abertas.“O profissional do setor de beleza, com dedicação e empenho, tem à sua disposição diversos cursos profissionalizantes de curta duração no mercado. Munidos de equipamentos básicos, eles podem começar seus empreendimentos até mesmo sem dispor de um espaço físico”, enfatizou.