Em Assassinos da Lua das Flores, diretor investiga ganância e preconceito nas relações humanas
Por Mariah Friedrich
Inspirado pelo livro do jornalista americano David Grann, Martin Scorsese, mergulha em uma história real chocante e pouco conhecida em seu novo filme Assassinos da Lua das Flores, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (19).
O diretor subverteu as convenções do gênero dos filmes de faroeste para apresentar uma abordagem mais profunda da natureza humana e os horrores do preconceito racial na produção, que retrata os efeitos da cobiça por dinheiro sobre a trágica história dos Osage, um povo indígena americano que enriqueceu subitamente após a descoberta de petróleo em suas terras de reserva na região do estado do Oklahoma.
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A riqueza atraiu homens brancos gananciosos, levando a uma série de tragédias entre 1921 e 1925, onde mais de sessenta nativos foram misteriosamente assassinados para que suas riquezas fossem usurpadas.
A partir do romance entre Ernest Burkhart, interpretado por Leonardo DiCaprio, e Mollie, uma rica Osage brilhantemente interpretada por Lily Gladstone, os estratagemas cruéis e calculistas empregados para despojar os Osage de sua riqueza são revelados, enquanto Ernest tenta explorar a fortuna de Mollie.
Com três horas e 26 minutos de duração, Assassinos da Lua das Flores desafia noções tradicionais do faroeste, destacando as nuances dos personagens e expondo as falhas profundas da humanidade. Ao se aprofundar em temas de ganância, preconceito e resistência, Scorsese oferece ao público uma obra cinematográfica repleta de performances excepcionais e uma reflexão perspicaz sobre a condição humana. Assista o trailer a seguir: