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sexta-feira, 19 abril, 2024

Samarco retorna atividades em 2020 no Espírito Santo

A garantia foi dada ao governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, nesta segunda-feira (7), na sede da empresa no Brasil, em Minas Gerais.

A tão esperado retorno das atividades da Samarco no Espírito Santo finalmente foi confirmado. As operações serão retomadas no segundo semestre de 2020. A informação foi dada nesta segunda-feira (7) ao governador Renato Casagrande, pelo diretor-presidente da mineradora, Rodrigo Alvarenga Vilela.

As licenças ambientais definitivas deverão ser emitidas até o dia 25 deste mês, de acordo com o dirigente da mineradora. As operações em Mariana (MG) começam imediatamente após a emissão das licenças.

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O governador Casagrande ressaltou a importância da retomada da empresa para o desenvolvimento do Estado e de toda região sul. “A possibilidade de retomada mesmo que parcial é importante para o Estado, principalmente para o litoral sul capixaba. Gera expectativa de mais emprego e atividade econômica. Atendidas às exigências ambientais é importante que se retome”, afirmou o governador.

Participaram ainda da reunião: o secretário de Governo do ES, Tyago Hoffman, o diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Maurício Duque, e o gerente de Meio Ambiente da Samarco, Márcio Perdigão. Os representantes da empresa informaram ainda que as operações em Anchieta retomam no segundo semestre de 2020 com 26% de sua capacidade operacional.

Mais  agilidade

A reunião seguinte foi com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Nesse encontro também participaram o diretor-presidente da Fundação Renova, Roberto Waak, e outros membros da diretoria.

Participaram ainda, o prefeito de Mariana, Duarte Gonçalves Júnior, e representantes de diversos órgãos públicos: Ministério Público Federal, Procuradoria do Estado de Minas e a Promotoria de Justiça. O governador capixaba ressaltou a importância da celeridade das ações da Fundação Renova.

Renato Casagrande se reúne com presidente da Samarco
Foto: Renato Cobucci/Governo de MG

“Nossa preocupação é que sejam desenvolvidas as ações com maior velocidade e justiça”, destacou Casagrande.

O governador acrescentou que o investimento precisa além das indenizações.

“Também é preciso que fique um legado de cobertura florestal, de infraestrutura, de saneamento, de abastecimento de água e, principalmente, de formação profissional a quem foi atingido e perdeu suas profissões”, afirmou o governador do Espírito Santo.

Casagrande foi incisivo ao mostrar as dificuldades no modelo de gestão adotado para a recuperação da Bacia do Rio Doce. “Uma reunião dessa, com um nível de complexidade, chega ao final de forma frustrante. Vejo que as decisões são muito burocráticas. Cobramos soluções da Renova. Precisamos de uma agilidade maior para que o essencial para reparar a bacia seja realizado. Não vamos deixar de lado o Comitê e, de fato, os Ministérios Públicos Federal e dos dois Estados, juntamente com a Justiça, temos condição de dar agilidade para decidirmos o que deve ser prioridade”, apontou.

O governador mineiro também cobrou uma mais agilidade nas respostas ao desastre. “Devemos lembrar que o intuito da Fundação Renova é atender os anseios e os danos causados pela tragédia de Mariana, e nós não podemos perder o foco. Estamos aqui para resolver os problemas de quem foi afetado pela tragédia, sempre lembrando de quem realmente está lá na ponta. Não podemos perder esse norte”, disse Zema.

Renato Casagrande segue para Brasília (DF), onde participa nesta terça-feira (8) de nova reunião do Fórum dos Governadores.

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