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domingo, 28 abril, 2024

Rock e disco de vinil caminham juntos

O rock and roll continua eternizado nos discos de vinil que, apesar de toda a evolução tecnológica, continuam fazendo sucesso

O fortalecido universo do disco de vinil não deixa passar em branco o Dia Mundial do Rock (13/07). As grandes bandas de rock and roll que abalaram o mundo, com certeza revolucionaram a música mudando definitivamente a forma de escutá-las, influenciando totalmente a música popular da época. O gênero rock, em todas as pesquisas, é o preferido da turma que curte o disco de vinil. E não é sem motivo que os clássicos e os álbuns mais importantes e queridos deste tipo musical vem sendo reeditados no formato do disquinho de plástico, preto e às vezes coloridos.

Em suma, o vinil e o rock continuam andando de mãos dadas. Um novo mercado promissor de produção de discos de vinil está bastante aquecido, onde grandes nomes da música nacionais e internacionais estão produzindo álbuns em vinil, apesar das plataformas digitais que popularizaram a nova maneira de se consumir e ouvir música.

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As comemorações pelo Dia Mundial do Rock, continuam. A data que celebra anualmente o rock foi escolhida em homenagem ao Live Aid, megaevento que aconteceu nesse dia a 38 anos atrás, em 1985, com as presenças de megas stars como B. B. King, Paul McCartney, U2 e Queen, quando foram arrecadados donativos para campanha contra a fome da Etiópia.

O rock nacional perdeu no mês de maio o seu maior símbolo: morreu Rita Lee aos 75 anos, tratada por todos como a Rainha do Rock, título que não gostava, achava muito brega. Gostava sim de ser tratada de “padroeira da liberdade”, afinal rock é sinônimo de liberdade. Apesar dessa perda, o rock and roll continua eternizado também nos discos de vinil que, apesar de toda a evolução tecnológica, continuam fazendo muito sucesso país afora, principalmente nas feiras de compra, troca e venda.

Desde o início da sua comercialização, em 1948, os discos de vinil enfrentaram a concorrência de diversos formatos similares, especialmente daqueles baseados em tecnologias que envolviam fitas magnéticas, e mesmo assim nenhum desses formatos chegou a ameaçar a posição dos velhos e bons LPs como principal meio de armazenamento de áudio entre os anos 1960 e os anos 1980.

Mesmo com o destaque comercial da inovação do CD, o vinil demonstrou nos anos 2000 muito mais força e interesse com crescente aumento das vendas até hoje. A maioria dos discos de vinil são encontrados nas redes sociais, em clubes de discos, com colecionadores, em sebos, lojas de vendas de usados, etc. Também em feiras, como a organizada pelo Amigos do Vinil ES, que sempre com muito sucesso, terá a sua 5ª edição neste domingo (16/07), na Casa da Memória de Vila Velha, na Prainha, a partir das 10h.

Para nós, apreciadores dos discos de vinil, o que nos atrai em primeiro lugar são as capas e encartes. É quase um quadro, sendo possível ver os detalhes da foto ou ilustração. Acredito que os artistas caprichavam mais nessa parte, nos tempos áureos de produção do bom LP. Manipular o disco de vinil, o toca discos (ou vitrola), o braço, a agulha e até mesmo ligar o aparelho de som (principalmente se for um dos antigos) são experiências que muitas pessoas com menos de 30 anos não têm, porém, ao ouvirem o som do vinil passam a gostar desse “novo barato”. Viva o rock! Disco também é cultura.

Manoel Goes Neto é Curador Cultural da PMVV, escritor e diretor no Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo.

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