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sábado, 4 maio, 2024

Resíduos de rochas são utilizados na pelotização

Samarco se tornou pioneira no uso do coproduto do mármore como insumo na pelotização visando a tornar o processo mais sustentável

Por Amanda Amaral

Um produto originado a partir do beneficiamento de mármore passou a ser utilizado este ano pela Samarco e já está presente em 30% das pelotas produzidas na companhia. O novo uso para os resíduos do setor de rochas visa a beneficiar também o meio ambiente.

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O coproduto é chamado de Fibro – Fino do Beneficiamento de Rochas Ornamentais, denominação estabelecida para os resíduos produzidos pelas indústrias do setor, quando do processo de beneficiamento das rochas ornamentais.

A iniciativa é uma ação do Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Estado do Espírito Santo (Sindirochas) em parceria com a Samarco, que se tornou pioneira no uso do coproduto de mármore, como alternativa complementar ao calcário, que atua como fundente e corretor de basicidade nas pelotas.

Cabe destacar que o Espírito Santo é o maior exportador de pedras naturais do Brasil. O estado capixaba (81,8%), Minas Gerais (10,9%) e Ceará (3,1%) foram os estados brasileiros que mais exportaram rochas ornamentais em 2022. 

Regulamentação

Desde a homologação do coproduto de mármore, foram adquiridas mais de 21 mil toneladas do material pela mineradora, contribuindo para a não disposição incorreta do resíduo no meio ambiente. O Sindirochas se reuniu recentemente com o vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, a fim de viabilizar o uso regulamentado do FIBRO.

A entidade busca alternativas para que o coproduto possa ser utilizado de maneira normatizada e não apenas em casos excepcionais. A regulamentação possibilitará maior segurança aos técnicos envolvidos na análise e liberação dos projetos que envolvam o saudável aproveitamento do resíduo gerado pelo segmento, de acordo com o Sindicato.

Sustentabilidade

O estudo de viabilidade para transformar resíduos de rochas em coprodutos para uso como insumo na pelotização foi iniciado em 2018, pela mineradora. Ele foi motivado por visita técnica de um grupo de empresários ligados ao Sindirochas, à sede da multinacional, em Anchieta. Desde então foram realizados vários testes com resultados positivos para utilização do coproduto.

“Inovamos em uma prática que consiste na utilização de um insumo na produção de pelotas, que irá contribuir significativamente para redução do volume de resíduos no setor de rochas. Esse projeto é uma oportunidade para praticarmos o nosso propósito de fazer uma mineração diferente, mais segura e sustentável, que gere resultados, mas que acima de tudo contribua para a preservação do meio ambiente”, ressaltou o idealizador do estudo, o diretor de operações da Samarco Sérgio Mileipe.

pelotização
Ed Martins, presidente do Sindirochas, comenta sobre o fortelecimento da economia circular. Foto: Divulgação

Além de impactar positivamente na qualidade da pelota, segundo a Samarco, o uso do coproduto favorece a redução da emissão de dióxido de carbono e do consumo de combustível. “A implementação dessa inovação na fabricação de pelotas de minério de ferro é um marco significativo para o setor de rochas capixaba e representa uma grande conquista para a economia circular local. Essa iniciativa demonstra o potencial de transformação dos resíduos de rochas em produtos de qualidade, trazendo benefícios tanto ambientais quanto econômicos”, afirmou o presidente do Sindirochas, Ed Martins.

 

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