A atriz Regina Duarte aceitou a proposta feita pelo presidente Jair Bolsonaro e disse que passará por uma “fase de teste”
Regina Duarte assumirá a Secretaria Especial de Cultura. A negociação foi realizada com o presidente Jair Bolsonaro com quem estaria “noivando”. A atriz irá a Brasília para uma reunião nesta quarta-feira (22) para conhecer a estrutura e, possivelmente, montar a equipe de trabalho.
Ela ainda confirmou, em uma conversa no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, que disse ao presidente e ao ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que daria entrada na solicitação de rescisão contratual com a TV Globo.
Desta forma, Regina assume a pasta como forma de “teste” para conhecer a estrutura organizacional da pasta. Sendo assim, ela será a responsável pela gestão de seis secretarias, seis escritórios regionais e sete entidades vinculantes, sendo quatro fundações e três autarquias, entre elas a Agência Nacional do Cinema (Ancine).
Um interlocutor do governo disse que “ela está vindo para realizar um projeto em uma área que ama. Está muito bem consciente da relevância do cargo e convencida da importância disso para o Brasil”.
Em nota à imprensa, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) informou que Regina realmente está “noivando” com o governo. Bolsonaro, por sua vez, reforçou a analogia. “Fiquei noivo da Regina Duarte. Tivemos uma conversa, foi bacana”, afirmou Bolsonaro.
Salário
É de se esperar que o salário de funcionalismo de Regina será bem menor do que o que ela recebia na Rede Globo. Na emissora, o salário da atriz é de R$ 60 mil, podendo chegar a R$ 120 mil, quando ela está em novelas ou minisséries, de acordo com a Veja. Além disso, o contrato da atriz está vigente até junho deste ano.
Como ministra, ela será remunerada em R$ 30.934, contra R$ 15.359, pagos ao posto que ocupará, o mesmo salário de Roberto Alvim, exonerado após discurso nazista adotado em um pronunciamento.
Discurso nazista
Bolsonaro exonerou o dramaturgo Roberto Alvim, na última sexta-feira (17), após o ex-secretário parafrasear o nazista Joseph Goebbels em seu discurso. Depois, ele compartilhou mensagem no WhatsApp desconfiado de uma “ação satânica” por trás de sua demissão.
Durante o vídeo, Alvim usou como trilha uma das obras favoritas de Hitler, a ópera Lohengrin, do compositor Richard Wagner, que, segundo o Führer, foi muito importante em sua vida.
Mas a repercussão não foi boa. O grupo Judeus pela Democracia (JPD), fará um ato nesta terça-feira (21), no Museu do Holocausto Yad Vashem, em São Paulo. A intenção é relembrar que o massacre alemão não foi um evento de esplendor e também manifestar contra o governo brasileiro.
“Hoje participo de um seminário com católicos, umbandistas, evangélicos. O Holocausto também atingiu negros, ciganos, eslavos, homossexuais e portadores de doenças físicas. O mundo tem que dar um basta.”, disse o presidente da Federação Israelita do Rio de Janeiro, Arnon Velmovitsky.
*Da redação, com informações de agências.
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