O projeto de agroinovação deve ampliar área cultiváveis no Cerrado, gerando excedente de exportação de grãos para o ES
Por Amanda Amaral
A movimentação de grãos no Estado pode aumentar por meio da agroinovação. Um projeto prevê ampliar a área cultivada na região do Cerrado, Norte do Brasil, com ações sustentáveis e utilizando novas tecnologias.
O objetivo é ampliar o cultivo em áreas do Tocantins e Minas Gerais, estimulando o escoamento via ferrovia. O potencial cultivável dos dois estados varia entre 7 e 10 milhões, o que prevê criar um excedente de exportação de grãos direcionado aos portos do Espírito Santo.
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Cooperação técnica
A iniciativa faz parte de um acordo de cooperação técnica e financeira entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária no Cerrado (Embrapa Cerrado) e a VLI Logística, que opera a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), cujo processo de renovação por mais 30 anos ainda está em curso.
A parceria entre a VLI e a Embrapa Cerrado conta com a implantação do programa LabCerrado – Aceleradora de Agroinovação dos Cerrados – Desenvolvimento Sustentável Agroterritorial.
Investimentos
A VLI afirma que já investiu um total de R$ 6,7 milhões na iniciativa, envolvendo a estruturação do programa de aceleração de unidades produtivas rurais baseadas na produção de cultivos anuais de grãos (tais como soja e milho). Segundo a companhia, serão investidos ainda em pesquisa, desenvolvimento e inovação otimizada por condições de solo e clima.
Edson Zacarias, gerente de Fomento da VLI, destaca que as regiões selecionadas para o LabCerrado têm em comum grandes extensões de áreas de pastagens e agrícolas, que podem ser mais aproveitadas, e uma infraestrutura logística capaz de suportar, com eficiência, o escoamento da produção.
Ecossistema de inovação
O projeto atua na mobilização e no engajamento dos produtores e demais agentes, como entidades e associações do agro, poder público, indústria, tradings, setor financeiro e outras empresas interessadas em unir forças à VLI e à Embrapa.
O resultado esperado, segundo a companhia, é a estruturação de ecossistemas de inovação com o propósito de acelerar a geração e a adoção de tecnologias que impulsionem a produção do agronegócio nas regiões que são alvo do projeto, gerando mais cargas e mais negócios ao longo da ferrovia.
A iniciativa da VLI e da Embrapa Cerrado planeja ainda utilizar o pó de rocha – ou pó de basalto – como fertilizante natural para o solo. O objetivo é recuperar solos degradados e em regiões com índice pluviométrico desfavorável.
Sobre a FCA
A FCA possui aproximadamente 7.220 km de extensão e interliga os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Goiás, além do Distrito Federal, segundo informações da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Os principais produtos transportados nesta ferrovia são: soja, milho, farelo de soja, açúcar, derivados de petróleo, fertilizantes, produtos siderúrgicos, carvão/coque, bauxita, calcário, coque verde de petróleo, fosfato e enxofre.
Sobre a VLI
A VLI é uma companhia de soluções em logística, e administra as ferrovias Norte Sul (FNS) e Centro-Atlântica (FCA), além de terminais intermodais, que unem o carregamento e o descarregamento de produtos ao transporte ferroviário, e terminais portuários situados em eixos estratégicos da costa brasileira, tais como em Santos (SP), São Luís (MA) e Vitória (ES).
Com informações da VLI.