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segunda-feira, 11 DE novembro DE 2024

Qual o impacto dos resultados da direita e esquerda no ES para 2026?

ES Brasil repercute resultados das eleições municipais no Espírito Santo

Por Robson Maia

Os resultados das eleições municipais do Espírito Santo apontaram a vitória dos partidos de direita antes aos de centro e esquerda. Em 41 dos 77 municípios capixabas, o Executivo será comandandado por um representante filiado a um partido de direita, ou seja, em aproximadamente 53,2% das cidades.

A ES Brasil, com o auxílio do analista político Darlan Santos, repercute os possíveis impactos dos desempenhos obtidos pelos partidos políticos de direita, centro e esquerda no pleito eleitoral de 2024. Antes é preciso destrinchar friamente os números:

Considerações sobre o desempenho da Direita

  • A direita venceu em 41 municípios, número superior ao do pleito eleitoral de 2020, quando conquistou 36 prefeituras;
  • Podemos e Republicanos são os grandes representantes deste segmento, com 11 e 8 prefeitos eleitos, respectivamente;
  • 5 das 6 prefeituras da Grande Vitória serão governadas por um partido de direita: Eleazar Lopes (Podemos), em Fundão; Rodrigo Borges (Republicanos), em Guarapari; Wanderson Bueno (Podemos), em Viana; Lorenzo Pazolini (Republicanos), em Vitória; Arnaldinho Borgo (Podemos), em Vila Velha;
  • Esse número da Região Metropolitana poderá crescer, uma vez que Pablo Muribeca, candidato do Republicanos, disputou o 2° turno contra Weverson Meireles, do PDT, na única disputa em aberto no Espírito Santo, na Serra;
  • Uma parcela considerável dos principais municípios do interior capixaba, como Linhares, Colatina e Cachoeiro de Itapemirim, tiveram vitórias de partidos de direita;

Considerações sobre o desempenho do Centro

  • O centro conseguiu a conquista de 19,6% das prefeituras capixabas, o que significa dizer que venceu 10 prefeituras;
  • O MDB foi o grande destaque, voltando a conquistar um número expressivo de prefeituras: 6, com Cariacica sendo o grande destaque;

Considerações sobre o desempenho da Esquerda

  • A esquerda venceu em 26 municípios, sendo a maioria das vitórias angariadas pelo PSB, com 22 prefeituras
  • O Partido dos Trabalhadores, que por anos foi o principal representante deste campo ideológico, passou em branco mais uma vez, sem conquistar nenhuma prefeitura capixaba
  • Na Grande Vitória, o PT não conseguiu se aproximar dos primeiros colocados, com João Coser conquistando apenas 15,62% votos da capital; Célia Tavares com 9,08% dos votos, em Cariacica; João Batista Babá 2,62% dos votos em Vila Velha; e Professor Roberto Carlos com 3,07% na Serra;

Para Darlan, os resultados observados no cenário capixaba seguiram uma tendência nacional, e indicam o fortalecimento do campo conservador mirando 2026.

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“Não só no Espírito Santo, mas também em todo o Brasil, vimos uma vitória do campo conservador, então você teve os partidos do centro e da direita crescendo de maneira sólida nas eleições municipais. Especialmente no Espírito Santo, isso se constitui no fato inegável.

Segundo o analista, o PSB sai fortalecido pela gestão do governador Renato Casagrande.

“É lógico que a atuação do governador Renato Casagrande e do governo do Estado nos municípios demonstra que no interior, onde a força da máquina é mais importante, por conta dos poucos recursos próprios para conseguir tocar as questões da prefeitura, o apoio do governo federal é fundamental. Então, está no poder ajuda, ser apoiado pelo governador tende a ser um elemento importante nesse processo e isso se justifica pelas vitórias que o PSB teve em sua esmagadora maioria no interior”, explica o analista.

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Ele ainda considera os resultados do PT como um alerta para a importância de recalcular a rota para os próximos anos.

“A nível nacional, o PT conseguiu melhorar um pouco a sua votação, então ele aumentou o tamanho do número de municípios que ele governa, mas ainda está muito aquém aos anos áureos do primeiro e segundo Governo Lula, onde tinha muito mais protagonismo. No Espírito Santo, apesar de quadros importantes dentro do partido, ter um senador, ter dois deputados federais, você ainda percebe uma dificuldade em campanhas majoritárias de conseguir vitórias expressivas. Então é um desafio que o partido vai ter que pensar para os próximos passos dele”, concluiu Darlan.

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