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sábado, 27 abril, 2024

Prestação de Serviços: a real vocação do ES

ES é um mercado prestador de Serviços. Essa é a sua vocação. Enquanto não aceitá-la, permanecerá como o  estado de menor potencial econômico do Sudeste

Por Arilda Teixeira

Em publicação recente e oportuna, a ES Brasil, apresentou imagens muito pertinentes da geografia do ES. Na sequência, à medida em que apresentava a diversidade da natureza da região, deixava, nas entrelinhas, a mensagem de como essa natureza poderia ser utilizada como atividade produtiva que gera emprego, que gera renda, que gera consumo, que gera produção, que gera crescimento e/ou desenvolvimento.

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Sutil e respeitosamente, utilizou a linguagem da mídia para reiterar a riqueza de recursos produtivos, subaproveitados. Veio associando o espaço físico disponível às oportunidades para a impulsionar a diversificação da atividade econômica do ES – essencial para que ele deixe de ser o estado menos desenvolvido do Sudeste.

Uma realidade anacrônica, haja vista a sua diversidade de atividades econômicas possíveis de serem implementadas. Mas, a despeito desse cenário, é preciso apontar que o crescimento e desenvolvimento do ES só decolarão quando seus agentes econômicos se dispuserem a abrir suas janelas de oportunidades, para interrelacionar-se com os pares de outras regiões e/ou estados.

Uma iniciativa oportuna e adequada, haja vista a timidez com que o ES empreende seus projetos de crescimento e, principalmente, desenvolvimento econômico. Típica situação provocada pelo que os historiadores chamam de Cultura de Mercado – padrão de comportamento de agentes econômicos de uma região, pautada por suas opiniões, por considerarem-se “donos” do mercado que atuam.

Este é um real obstáculo ao desenvolvimento econômico do ES. Seus agentes econômicos agem como se o ES fosse o centro da economia mundial; e Vitória o centro do Espírito Santo – concepção típica de economias autárquicas. O ES é um mercado prestador de Serviços. Essa é a sua vocação. Enquanto não se aceitá-la, permanecerá, como o menor estado do Sudeste e, também, o de menor potencial econômico.

Um desperdício, devido as oportunidades para crescer que esse setor propicia. Assumindo sua vocação para Serviços, e utilizando-a para melhorar qualitativamente o parque produtivo do ES, terá chances para alcançar a representatividade que os demais setores da economia brasileira – Agropecuária e Indústria – já conquistaram.

Se trabalhar mirando as vantagens comparativas, terá chances para empreender e inovar. E, através do empreendedorismo e da inovação, adquirirá fôlego para enfrentar seus concorrentes; diversificando suas produções.

As imagens associaram belezas naturais aos meios para se alcançar as oportunidades para crescimento econômico, que a indústria do Turismo do ES detém. Demonstrou o potencial econômico que a região possui se explorasse sua endêmica vocação para a prestação de serviços. O ES tem atratividades para prestação de serviços em todas as estações do ano. Por isso é o carro chefe da prestação de serviços dessa região.

Arilda Teixeira é doutora em Economia da Indústria e da Tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestra em Economia pela Universidade Federal Fluminense. Coordenadora dos cursos de Gestão Estratégica de Negócios e de Gerenciamento de Projetos, da Pós-Graduação da Fucape Business School. É coordenadora do Projeto PIBIC FUCAPE.

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