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domingo, 28 abril, 2024

Prêmio Colibri

Prêmios são importantes formas de reconhecimento. São maneiras de mostrar o resultado dos trabalhos e a apreciação dos esforços por parte de curadorias especializadas

Já ouvi muita gente dizer que prêmios não são importantes, mas sim os resultados, as vendas ou as conversões. Preciso discordar. E aqui me refiro aos prêmios não em um sentido voltado à competitividade, mas ao reconhecimento dos talentos. Também abomino a necessidade de mostrar que alguém é melhor em algo, afinal de contas, já deveríamos ter superado a dúvida sobre o nosso mundo ser formado apenas de diferenças. Se alguém pensa ser melhor do que o outro, possivelmente tem muito a aprender. Enfim, prêmios são importantes formas de reconhecimento. São maneiras de mostrar o resultado dos trabalhos e a apreciação dos esforços por parte de curadorias especializadas.

Além das premiações, há a confraternização. É o momento da integração para que publicitários das artes, das letras, da economia criativa, da mídia, do digital, do planejamento, do marketing, do design, dos fornecedores e clientes possam “ventilar” as ideias. Comecei a me apaixonar por Publicidade e Propaganda em 1995, quando entrei na Ufes para aprender a fazer e pensar o ofício. O Prêmio Colibri contribuiu exponencialmente para esta paixão profissional.

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Foi ali que, ainda estudante, conheci e passei a reconhecer as agências que construíram a história e o imaginário profissional local: ZPP/Eldorado (Haroldo Bussotti); Prisma (Fernando Manhães); Mural (Wilson Lázaro); HRD (Hélio Dória); Nouveu (Mário Fernando); MP (Mônica Debanné); ES/Bomfim (George Bomfim); (A4) Sylviene e Silvely; Tema (Takashi e Massaru); Artcom (Adilson Lourenço) entre outras que deverão me perdoar, pois preciso ser breve neste artigo. Estas abriram espaço para o amadurecimento da propaganda local e o surgimento de várias outras. Se as agências fossem unidades monádicas fechadas em suas rotinas laborais, jamais teriam inspirado centenas de estudantes (como eu fui há um quarto de século) a abraçar a profissão com tanta paixão.

Se o Mercúrio, na mitologia grega, é o patrono da comunicação e do comércio, eu consideraria outorgar a Prometeu seu prêmio Colibri. Pois, certamente, além do primeiro dia de aula em um curso de Comunicação, o prêmio Colibri é um desses dias capazes de acender a chama nos olhos dos publicitários que ainda não têm muito a certeza de que escolheram o caminho certo.

A Universidade Federal e posteriormente as faculdades particulares que abraçaram a ideia de formar publicitários, também contribuíram, juntamente aos veículos, produtoras, fornecedores e um potente mercado anunciante a consolidar um ecossistema maduro e amplo. As tecnologias emergentes não somente revelaram profissionais locais, exportados para empresas de comunicação em todo o planeta.

Os prêmios e as redes fortalecidas nesses encontros também foram essenciais para que o Espírito Santo pudesse mostrar seus talentos ao redor do globo e também atrair os olhos do mundo para a nosso potencial estratégico. O Colibri é a nossa história, o nosso presente e o nosso futuro. Assim como ainda recordo o legado dos que me formaram, a criação das memórias episódicas em eventos incríveis ajudarão a reconhecer o trabalho daqueles que virão depois de nós.

Cláudio Rabelo é coordenador do curso de Publicidade e Propaganda na Ufes e autor de dois best-sellers: “A estratégia do cafezinho: como transformar produtos em marcas imbatíveis” e “Faixa preta em publicidade e propaganda”.

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