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sábado, 27 abril, 2024

Planejar sempre é preciso

Plano Estratégico para a agricultura capixaba reconhece avanços, analisa tendências para o setor e mudanças no comportamento dos consumidores

Por Enio Bergoli

O Espírito Santo é a melhor síntese do agro nacional e seus negócios associados, pois temos vasta diversidade de condições de clima, solo e relevo, que nos permite a exploração das principais atividades comerciais ligadas ao campo. Além disso, há relevância em todos os elos do agronegócio, do setor de insumos até a distribuição e logística, passando pela produção agrícola e a agroindustrialização.

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Em função disso e do fato de ser um estado pequeno em consumo, o comércio para fora de nossas fronteiras, seja no âmbito nacional ou internacional, é fundamental para a geração e emprego e renda para cerca de 80% dos municípios capixabas. Nas exportações para cerca de 130 países, destacam-se: cafés, celulose, pimenta, gengibre, mamão, entre outros.

Nesse contexto, é preciso pragmatismo e visão estratégica para planejar a trilha de desenvolvimento desse importante setor. E foi assim que o Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba foi construído, em sua quarta versão: reconhecendo os avanços promovidos pelos três ciclos anteriores de planejamento e analisando o que há de mais moderno no aspecto das megatendências para o setor e as mudanças no comportamento dos consumidores.

É inegável que nos últimos anos o mundo tenha vivenciado momentos que alteram a percepção das pessoas sobre o desenvolvimento econômico e a segurança alimentar.
Por essa razão, o conceito central definido foi o de Inovabilidade, ou seja, inovar em todos os sentidos, mas tendo a sustentabilidade como foco e direção.

Soma-se ainda a necessidade de ampliarmos a complexidade econômica do nosso agro, caminhando para aumentar nossa competitividade, com diversificação da pauta de exportações e avanços na agregação de valor aos produtos, por meio de inovações, tecnologias e conhecimento.

Nas 42 oficinas e reuniões temáticas realizadas ao longo de 2023, participaram diversas representações técnicas, de produtores, de organizações e especialistas, que juntos discutiram os principais desafios e oportunidades para cada uma das cadeias produtivas. Destaca-se que, de forma inovadora, o Pedeag 4 também tratou de temas transversais contemporâneos, como mudanças climáticas, comunicação no agro, logística, entre outros. Todos com impactos diretos na competitividade do setor.

Importante agradecer o engajamento e participação de todos nesse processo ao longo de meses de trabalho e ressaltar que esse é o direcionamento com que o Governo do Espírito Santo trabalha, conectando pessoas e organizações, buscando convergências estratégicas e direcionando esforços conjuntos para superar os desafios que nos são impostos.

Temos ciência de que há um longo caminho a percorrer e metas ousadas a serem superadas, mas já mostramos que é possível fazer diferente e posicionar o Espírito Santo como caso de sucesso na concepção e execução de programas voltados ao agro, como fizemos recentemente com o café, a cadeia do leite e o plano de crédito rural, lançados durante a construção do Pedeag 4.

Com o Pedeag 4 como mapa de navegação, vamos JUNTOS construir o futuro do agro do ES, alçando o estado como referência do agro do futuro!

Enio Bergoli é Engenheiro Agrônomo, especialista em Adm. Rural, Secretário de Agricultura do Espírito Santo

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